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Portugueses fizeram "tudo o que estava ao alcance" para cumprir missão

O major Marco Silva, comandante da missão destacada para o aeroporto de Cabul, afirmou hoje que os militares portugueses fizeram tudo o que estava ao seu alcance para cumprir a sua missão, com a "maior entrega, dedicação" e "profissionalismo".

Portugueses fizeram "tudo o que estava ao alcance" para cumprir missão
Notícias ao Minuto

06:00 - 28/08/21 por Lusa

País Afeganistão

"Julgo que, falando por todos aqueles que acabam de chegar a território nacional, fizemos tudo aquilo que estava ao nosso alcance para conseguir trazer para junto de nós as pessoas que trabalharam de perto connosco naquele teatro de operações. Esperamos ter cumprido com a intenção e com aquilo que é a exigência e a expectativa que estavam inicialmente estabelecidas para esta missão", afirmou o major Marco Silva.

O comandante da missão falava à chegada à Base Aérea de Figo Maduro, no aeroporto de Lisboa, onde os quatro militares portugueses chegaram hoje por volta das 21:15, tendo sido recebidos pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Regressados de Cabul, onde tinham chegado na madrugada de quarta-feira, Marco Silva referiu que o trabalho que os quatro militares desempenharam no Afeganistão foi feito com a "maior entrega, dedicação, profissionalismo e sentido de dever que seria possível".

Relembrando que os quatro militares já tinham estado no Afeganistão antes -- no âmbito da 6.ª Força Nacional Destacada, que terminou a sua missão em maio deste ano --, Marco Silva afirmou que, "desde o primeiro momento" em que chegaram ao aeroporto de Cabul, se aperceberam que as "circunstâncias e o ambiente" que se vivia era "significativamente diferente" do que tinham experienciado antes.

"Face a estas circunstâncias, fizemos a nossa análise, avaliámos o risco e tivemos em consideração também as questões de proteção da força -- a nossa própria segurança -- e desenhámos e conduzimos as ações que entendemos como importantes para atingirmos os objetivos", afirmou.

Nesse âmbito, Marco Silva referiu que os quatro militares portugueses estiveram a trabalhar no local onde, mais tarde, ocorreram as explosões que mataram, pelo menos, 170 pessoas, tendo feito, na altura, uma "avaliação" que os levou a concluir que o "risco e a ameaça" eram "demasiado elevadas".

"Tendo isso em consideração, tratámos de garantir a segurança, de nos focarmos na segurança das pessoas que já estavam connosco, e os acontecimentos que são do conhecimento geral aconteceram depois ao final da tarde", frisou.

Chegaram por volta das 21:15, ao aeroporto de Lisboa, juntamente com os seus familiares, os 24 cidadãos afegãos que trabalharam com as Forças Nacionais Destacadas para o Afeganistão, no âmbito da missão de resgate que foi levada a cabo por quatro militares portugueses que estiveram em Cabul.

No total, segundo o ministro da Defesa, terão sido retirados 58 cidadãos afegãos que deverão chegar a Portugal entre hoje, sábado e domingo.

Os quatro militares portugueses encontravam-se em Cabul desde quarta-feira de madrugada, tendo como missão apoiar a retirada de cidadãos afegãos, após a tomada do poder no Afeganistão pelos talibãs, a 15 de agosto.

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