Diplomacia tem primazia na relação com Irão mas há outras "opções"
O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, disse hoje ao primeiro-ministro de Israel que a diplomacia é a primeira opção nas conversações sobre o acordo nuclear com o Irão, mas admitiu "outras opções".
© Doug Mills-Pool/Getty Images
Mundo Joe Biden
"Estamos a colocar a diplomacia primeiro e a ver onde isso nos leva, mas se a diplomacia falhar, estamos prontos para nos virar para outras opções", disse o chefe de Estado norte-americano durante o primeiro encontro presencial com o novo primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, na Casa Branca.
Bennett chegou à Casa Branca para tentar dissuadir Biden de retomar o acordo nuclear com o Irão, que foi alcançado durante a Presidência de Barack Obama e que depois anulado pelo ex-presidente Donald Trump.
Desde que os EUA rescindiram o acordo, em 2018, o regime iraniano tem vindo a abandonar todas as limitações ao acordo imposto ao seu programa de enriquecimento de urânio.
De acordo com a AP, o Irão consegue enriquecer urânio até uma percentagem de 63%, pouco menos que o necessário para fabricar armas, o que compara com o valor de 3,67% registado durante o acordo.
Bennett disse ter uma estratégia para apresentar a Biden, mas não a quis divulgar em público, vincando apenas que estava satisfeito por os dois líderes estarem em sintonia relativamente ao facto de concordarem que o Irão não deve poder ter armas nucleares.
"O Irão é o primeiro país no mundo exportador de terror, instabilidade e violação dos direitos humanos", disse Bennett, acrescentando: "Enquanto estamos aqui sentados, os iranianos estão a usar centrifugadoras [de urânio] em Natanz e Fordo, e temos de os parar, e ambos concordamos nisso".
O encontros entre os dois governantes estava previsto para quinta-feira, mas foi adiado por um dia devido aos atentados em Cabul.
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