Após meses de tensões crescentes, a Argélia anunciou na terça-feira o corte de relações diplomáticas com Marrocos, invocando "atos hostis incessantes perpetrados por Marrocos contra a Argélia".
Com sede na cidade saudita de Jeddah, a OCI exortou os dois países ao "diálogo para resolverem as eventuais divergências", segundo um comunicado.
O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit, instou Argel e Rabat "a darem provas de contenção e evitarem uma nova escalada" de conflito.
Por sua vez, comentando a degradação das relações entre os dois pesos-pesados do Magrebe, a Arábia Saudita, potência regional, adotou um tom conciliador.
"O reino (...) apela aos dois países para darem prioridade ao diálogo e à diplomacia para abrir um novo capítulo nas relações (...) a fim de garantir a segurança e a estabilidade", disse hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita num breve comunicado.
As relações entre a Argélia e Marrocos são tradicionalmente difíceis, sobretudo devido à espinhosa questão do Saara Ocidental.
As tensões acentuaram-se no ano passado, quando o então Presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu reconhecer a soberania de Rabat sobre o Saara Ocidental, em troca de uma normalização das relações de Marrocos com Israel.
Na terça-feira, o chefe da diplomacia argelina, Ramtane Lamamra, acusou Marrocos de ter "introduzido uma potência militar estrangeira na área do Magrebe".
Em Rabat, o Ministério dos Negócios Estrangeiros marroquino lamentou a decisão "completamente injustificada" da Argélia, condenando uma "lógica de escalada" e rejeitando "os pretextos falaciosos, até absurdos, que a sustentam".
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