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Etiópia: Ajuda humanitária continua limitada por insegurança, reforça ONU

O acesso humanitário à região de Tigray, na qual o governo federal etíope tem estado envolvido num conflito armado desde novembro, continua a ser dificultado pela insegurança e atrasos nas autorizações, afirmaram hoje as Nações Unidas.

Etiópia: Ajuda humanitária continua limitada por insegurança, reforça ONU
Notícias ao Minuto

23:10 - 19/08/21 por Lusa

Mundo Etiópia

Segundo uma declaração divulgada pelo Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), citada pela agência noticiosa Efe, apenas 30 camiões com material podem ser registados todos os dias devido às buscas intensas impostas pelas autoridades, um valor abaixo dos 100 necessários.

De acordo com a agência da Organização das Nações Unidas, as operações de ajuda humanitária são também dificultadas pela falta de serviços bancários, assim como pela escassez de bens e pelas avarias nas redes de telecomunicações.

A OCHA refere, no entanto, que a rotatividade do pessoal humanitário está a melhorar, embora o acesso só possa ser feito através de uma estrada que atravessa a região de Afar, que faz fronteira com Tigray a leste e para onde o conflito também se expandiu desde meados de julho.

O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, Prémio Nobel da Paz em 2019, lançou uma intervenção militar em 04 de novembro para derrubar a Frente de Libertação do Povo de Tigray (TPLF, na sigla em inglês), o partido eleito e no poder no estado.

O Exército federal etíope foi apoiado por forças da Eritreia. Depois de vários dias, Abiy Ahmed declarou vitória em 28 de novembro, com a captura da capital regional, Mekele, frente à TPLF, partido que controlou a Etiópia durante quase 30 anos.

Em 28 de junho, Adis Abeba anunciou um cessar-fogo unilateral, aceite, em princípio, pelas forças de Tigray.

No entanto, os combates continuaram e as forças eritreias são acusadas de conduzirem vários massacres e crimes sexuais.

No último mês, os conflitos alastraram-se para as regiões vizinhas de Afar e Amhara.

As organizações de ajuda humanitária queixam-se que, apesar do cessar-fogo, o acesso continua limitado, sendo constrangido pela insegurança e por bloqueios administrativos.

Em 01 de junho, o Programa Alimentar Mundial advertiu que um total de 5,2 milhões de pessoas, mais de 90% da população de Tigray, necessita de assistência alimentar de forma urgente devido ao conflito.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mais de 100.000 crianças poderão sofrer de desnutrição aguda potencialmente mortal durante os próximos 12 meses -- 10 vezes a média anual.

Leia Também: Etiópia. HRW denuncia detenções arbitrárias de tigrenses em Adis Abeba

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