"Um comboio [de veículos] foi emboscado no final da manhã de 19 de agosto de 2021. Um veículo armadilhado explodiu, seguido de disparos intensos", refere o Exército maliano num comunicado citado pela agência France-Presse.
"O balanço provisório é de 11 mortos e 10 feridos, nove dos quais com gravidade", acrescentou o ramo das Forças Armadas do Mali.
Um responsável atribuiu a operação a "terroristas", um termo comummente utilizado pelas Forças Armadas malianas para descrever os 'jihadistas'.
As unidades malianas tinham partido de Boni e Hombori, tendo a emboscada ocorrido perto de Douentza, apontou uma fonte das forças de segurança à agência noticiosa. As três localidades encontram-se na região central de Mopti e numa área de acesso difícil, onde elementos 'jihadistas' associados à Al-Qaida e ao grupo Estado Islâmico estão sediados.
As forças malianas são regularmente alvo de ataques mortais.
Em fevereiro, um ataque ao posto de Boni provocou a morte de 10 soldados malianos.
A instabilidade que afeta o Mali começou com o golpe de Estado em 2012, quando vários grupos rebeldes e organizações fundamentalistas tomaram o poder do norte do país durante 10 meses.
Os fundamentalistas foram expulsos em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas extensas áreas do país, sobretudo no norte e no centro, escapam ao controlo estatal e são, na prática, geridas por grupos rebeldes armados.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 4.000 pessoas foram mortas em ataques terroristas em 2019 no Mali, Burkina Faso e Níger, tendo o número de pessoas deslocadas aumentado 10 vezes, ficando próximo de um milhão.
Independente desde 1960, o Mali viveu, em agosto do ano passado, o quarto golpe militar na sua história, depois dos episódios ocorridos em 1968, 1991 e em 2012.
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