"Esperemos que as palavras dos talibãs tenham correspondência nos atos"

O ministro dos Negócios Estrangeiros referiu que a posição do Governo português relativamente ao futuro governo talibã é de "esperar para ver". Augusto Santos Silva considera que há "requisitos relacionados com a segurança e com os direitos humanos que têm de ser cumpridos" no Afeganistão.

ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva

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Notícias ao Minuto
17/08/2021 23:46 ‧ 17/08/2021 por Notícias ao Minuto

Mundo

Augusto Santos Silva

O governo português está a acompanhar o desenrolar dos acontecimentos no Afeganistão com expectativa e adota uma posição de "esperar para ver" relativamente ao futuro governo talibã que vai liderar o país, realçou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em declarações prestadas na SIC Notícias. 

O ministro abordou a conferência de imprensa dos talibãs desta terça-feira, na qual prometeram um regime menos bruto e afirmaram estar "comprometidos com os direitos das mulheres, sob o sistema da sharia [lei islâmica]". 

"Esperemos que as palavras de hoje [terça-feira] dos talibãs tenham correspondência nos atos e que esse governo seja um governo inclusivo, com representantes das diferentes sensibilidades políticas do Afeganistão", assinalou Santos Silva. 

Questionado sobre as linhas vermelhas que o governo português traça para poder estabelecer uma relação diplomática com o governo afegão dos talibãs, o ministro dos Negócios Estrangeiros foi esclarecedor. 

"A primeira linha vermelha, não apenas para Portugal mas para a comunidade internacional, é que o Afeganistão não pode voltar a ser o santuário do terrorismo internacional, dirigido especificamente e brutalmente contra os cidadãos ocidentais", frisou. 

"A segunda linha vermelha são os direitos humanos e das mulheres", acrescentou o governante. 

"Se o Afeganistão não quer ser um estado pária, se não quer voltar ao isolamento internacional, se quer ter uma relação com a União Europeia, então há requisitos relacionados com a segurança e com os direitos humanos que têm de ser cumpridos nesse país", enfatizou Augusto Santos Silva. 

O ministro sublinhou ainda que "é uma questão de honra" proteger as pessoas que colaboraram com a Aliança Atlântica durante os últimos 20 anos. 

"Portugal participará nesse esforço da União Europeia e da NATO", revelou Santos Silva. 

Leia Também: Afeganistão. Joe Biden e Boris Johnson realizam cimeira do G7

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