Chile. Acordo com sindicato evita greve na maior mina de cobre do mundo
As negociações entre o sindicato dos trabalhadores da maior mina de cobre do mundo, a Escondida, no Chile, e a empresa anglo-australiana BHP culminaram num acordo que permite evitar uma greve.
© Getty Images
Mundo Chile
Em nota divulgada na terça-feira à noite no Chile (quarta-feira em Lisboa), a BHP sublinhou que o acordo, cujos contornos não foram divulgados, deve ser agora submetido a ratificação dos mineiros.
Em 31 de julho, 99,5% dos trabalhadores eram favoráveis a avançar para uma greve se as negociações falhassem, noticia a agência AFP.
Os mineiros exigiam um bónus em reconhecimento do seu trabalho durante a pandemia de covid-19 "equivalente a 1% dos dividendos recebidos pelos proprietários" e ainda um plano de progressão na carreira e benefícios educacionais para os seus filhos.
Segundo o sindicato, numa altura em que o preço do cobre nos mercados internacionais atinge valores históricos, após ultrapassar os 10 mil dólares (cerca de 8.500 euros) por tonelada, a mina da Escondida espera gerar mais de 10 mil milhões de dólares (cerca de 8,5 mil milhões de euros) de receita este ano.
A mina a céu aberto, que pertence aos anglo-australianos BHP, com 57,5%, à Rio Tinto (30%) e ainda à japonesa Jeco (12,5%), localiza-se no deserto do Atacama, no norte do Chile, a uma altitude de mais de 3.000 metros, produzindo cerca de 1,1 milhões de toneladas de cobre por ano.
O Chile é o maior produtor de cobre no mundo, com 28% da produção mundial do mineral que é exportado na sua maioria para a China.
Este negócio representa entre 10 a 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do país sul-americano.
Em 2017, os trabalhadores da mina da Escondida fizeram uma greve de 44 dias, a mais longa da história da mineração chilena, num movimento social que resultou em perdas de 740 milhões de dólares (629 milhões de euros) para a empresa e uma contração de cerca de 1,3% do PIB do país.
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