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Iraque: Indignação após assassínio de responsável local em plena rua

O assassínio a tiro, na terça-feira, em plena rua, de um responsável municipal da cidade de Karbala, no centro do Iraque, gerou hoje indignação e críticas sobre a "impunidade" dos assassinos e a inação do primeiro-ministro.

Iraque: Indignação após assassínio de responsável local em plena rua
Notícias ao Minuto

11:27 - 11/08/21 por Lusa

Mundo Iraque

A vítima, Abir Selim, era diretor dos serviços municipais de Karbala, cidade santa xiita situada a sul de Bagdad. Foi morto quando "cumpria o seu dever de acabar com os abusos na via pública", supervisionando o censo de construções ilegais, indicou o gabinete do primeiro-ministro, Mustafa al-Kazimi, num comunicado.

Num vídeo registado por uma câmara de vigilância e divulgado nas redes sociais vê-se um homem a disparar à queima-roupa no meio da rua sobre o responsável municipal. O alegado assassino foi detido logo após o sucedido.

"Os assassinos e os criminosos não escaparão à punição" pois "ninguém está acima da lei", reagiu Kazimi, que se deslocou hoje a Karbala para apresentar as condolências à família da vítima. Depois dirigiu-se ao local do crime, onde repreendeu o presumível assassino, segundo fotografias do confronto divulgadas pelo governo.

Mas os gestos não convenceram ativistas e outros iraquianos saturados face à "impunidade" de que, segundo eles, os assassinos gozam.

Este assassínio ilustra a "desordem" da sociedade iraquiana onde a "fraqueza das forças de segurança se conjuga com a intimidação da sociedade pelas tribos, a religião e os partidos políticos", comentou um deles na rede social Twitter.

Um outro lamentou que Kazimi não utilizasse a mesma energia para procurar os "assassinos de militantes" pró-democracia.

Desde o início da revolta popular inédita em outubro de 2019, mais de 70 militantes foram vítimas de assassínio ou tentativas de assassínio, enquanto dezenas de outros foram raptados e sequestrados durante algum tempo.

Ninguém reivindicou aqueles ataques, mas os militantes pró-democracia estão convencidos que os serviços de segurança sabem quem são os assassinos, mas não os detêm porque estão ligados ao Irão, o poderoso vizinho com grande influência no Iraque.

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