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ACNUR recupera acesso a dois campos de refugiados para eritreus em Tigray

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) recuperou o acesso a dois campos com milhares de eritreus refugiados na região etíope de Tigray, após o conflito na área ter impedido o acesso por quase um mês.

ACNUR recupera acesso a dois campos de refugiados para eritreus em Tigray
Notícias ao Minuto

17:49 - 10/08/21 por Lusa

Mundo Etiópia

"A entrega da assistência que era precisa com urgência foi retomada em 05 de agosto para os 23.000 refugiados" nos campos de Mai Aini e Adi Harush, afirmou o porta-voz do ACNUR, Boris Cheshirkow, numa conferência de imprensa em Genebra, citado pela agência noticiosa Efe.

Estes dois campos, localizados no oeste de Tigray, onde houve combates nas últimas semanas, albergaram parte dos 20.000 refugiados eritreus que vivam nos campos Shimelba e Hitsats, que foram destruídos nos primeiros meses do conflito.

De acordo com a agência das Nações Unidas, o acesso humanitário a Tigray, que tinha sido bloqueado no início do conflito, melhorou na semana passada, tendo chegado à capital regional, Mekele, 12 camiões com ajuda de emergência.

O ACNUR acrescenta que os refugiados enfrentam "condições terríveis" devido à falta de cuidados básicos, como cuidados médicos e falta de água potável, o que levou a organização a solicitar a transferência para o campo de Alemwach, que está a ser concluído na cidade de Dabat, na vizinha região de Amhara, onde as forças federais também enfrentam os rebeldes de Tigray.

Abiy Ahmed, Prémio Nobel da Paz em 2019, lançou uma intervenção militar em 04 de novembro para derrubar a TPLF, o partido eleito e no poder no estado.

O Exército federal etíope foi apoiado por forças da Eritreia. Depois de vários dias, Abiy Ahmed declarou vitória em 28 de novembro, com a captura da capital regional, Mekele, frente à TPLF, partido que controlou a Etiópia durante quase 30 anos.

Em 28 de junho, Adis Abeba anunciou um cessar-fogo unilateral, aceite, em princípio, pelas forças de Tigray.

No entanto, os combates continuaram e as forças eritreias são acusadas de conduzirem vários massacres e crimes sexuais.

No último mês, os conflitos alastraram-se para as regiões vizinhas de Afar e Amhara.

As organizações de ajuda humanitária queixam-se que apesar do cessar-fogo, o acesso continua limitado, sendo constrangido pela insegurança e por bloqueios administrativos.

Em 01 de junho, o Programa Alimentar Mundial advertiu que um total de 5,2 milhões de pessoas, mais de 90% da população de Tigray, necessita de assistência alimentar de forma urgente devido ao conflito.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mais de 100.000 crianças poderão sofrer de desnutrição aguda potencialmente mortal durante os próximos 12 meses

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