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Um manifestante morto em protesto no centro do Quénia

Um manifestante morreu hoje no centro do Quénia após a polícia ter disparado para dispersar uma manifestação contra a morte de dois irmãos detidos por terem quebrado o recolher obrigatório, segundo as autoridades.

Um manifestante morto em protesto no centro do Quénia
Notícias ao Minuto

18:50 - 05/08/21 por Lusa

Mundo Quénia

Os dois jovens, com 19 e 22 anos, foram vistos pela última vez com vida no domingo à noite, quando a polícia os prendeu por saírem após o recolher obrigatório marcado para as 22h00 locais.

Os seus corpos foram encontrados dois dias depois por membros da família na morgue local, segundo grupos de defesa dos direitos humanos citados pela agência France-Presse.

As mortes provocaram protestos em Embu, onde a polícia recorreu hoje a munições reais para dispersar multidões que bloquearam estadas pelo segundo dia consecutivo.

"Uma pessoa foi morta no protesto, mas os nossos agentes estão no terreno para manter a calma", referiu um alto funcionário da polícia em Embu, sob anonimato.

Um organismo independente de controlo da polícia anunciou que iria abrir uma investigação à morte dos dois jovens, tendo enviado investigadores para Embu.

A promessa de uma investigação rápida foi bem recebida por grupos de defesa dos direitos humanos, que acreditam que as restrições ligadas à luta contra a covid-19 desde março de 2020 no Quénia foram acompanhadas por uma "dupla pandemia" de violência policial.

"Constatamos, infelizmente, que estas não são as primeiras mortes na implementação de medidas anti-covid-19 pela polícia", afirmou uma coligação de grupos da sociedade civil.

Os ativistas registaram 25 casos de execuções extrajudiciais ligadas a medidas contra a covid-19, segundo uma declaração assinada, entre outras, pelas organizações Amnistia Internacional e Transparência Internacional.

Grupos da sociedade civil no Quénia contabilizaram pelo menos 166 pessoas mortas pela polícia em 2020, um recorde desde o início da recolha de dados, em 2017.

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