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EUA dão mais 4 meses ao Iraque para importar energia do Irão sem sanções

Os Estados Unidos prolongaram por mais quatro meses a decisão de não aplicar sanções a entidades iraquianas que negoceiam com o Irão, permitindo que Bagdade continue a importar gás e eletricidade, disse hoje uma autoridade iraquiana à France-Presse.

EUA dão mais 4 meses ao Iraque para importar energia do Irão sem sanções
Notícias ao Minuto

15:24 - 04/08/21 por Lusa

Mundo EUA

O Irão fornece quase um terço do consumo de gás e eletricidade ao vizinho iraquiano, cuja infraestrutura sofre com a falta de capacidade e de manutenção e não garante a independência energética do país com 40 milhões de habitantes.

Desde o restabelecimento de sanções contra Teerão no final de 2018, Washington continuou a prolongar os prazos concedidos a Bagdade para encontrar outros fornecedores.

A nova medida de Washington entrou em vigor a semana passada e é válida até ao início de dezembro, especificou o alto funcionário iraquiano, que pediu anonimato.

Este novo gesto do Presidente norte-americano, Joe Biden, acontece poucos dias depois de o primeiro-ministro iraquiano, Moustafa al-Kazimi, ter visitado a Casa Branca.

O Iraque, cujas eleições legislativas antecipadas estão marcadas para 10 de outubro, é forçado a gerir as relações com Washington e o Irão, o grande inimigo dos EUA.

Atualmente, o Iraque produz 16.000 megawatts (MW), longe dos 4.000 MW estimados para satisfazer as necessidades futuras de um país cuja população deve duplicar até 2050, segundo as Nações Unidas.

A falha do sistema energético iraquiano é particularmente notória no verão, quando as temperaturas excedem os 45 graus Celsius e a escassez de eletricidade aumenta a contestação social.

No início de julho, várias províncias iraquianas ficaram sem energia devido às avarias causadas por ataques às linhas de alta tensão.

Nessa altura, o Irão suspendeu as exportações de gás e eletricidade por alguns dias devido ao não pagamento do Iraque, cuja dívida é de 6.000 milhões de dólares (5.048 milhões de euros).

Embora as isenções dos EUA permitam a Bagdade comprar energia ao seu vizinho sem correr o risco de represálias, impedem, no entanto, pagar as faturas iranianas em dólares - uma moeda que o Irão, sufocado pelas sanções, precisa desesperadamente.

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