Presidente tunisino "despede" embaixador nos Estados Unidos
O presidente tunisino, Kais Saied, decretou hoje o fim da missão do embaixador em Washington, Nejmeddine Lakhal, e designou novos responsáveis do ministério do Interior, uma semana após decretar o estado de exceção e assumir todos os poderes executivos.
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Mundo Tunísia
O chefe de Estado também ordenou a demissão de Anis Oueslati, governador de Sfax (centro leste e a segunda cidade mais importante do país magrebino), que ocupava o cargo desde agosto de 2019, informou a presidência num breve comunicado e sem mais detalhes.
Segundo a rádio local Mosaique FM, Saied também decidiu novas nomeações, em particular para a direção-geral da Segurança pública, atribuída a Khaled Smati.
Em 25 de julho o chefe de Estado anunciou a destituição do primeiro-ministro Hichem Mechichi e a suspensão do parlamento por um período de 30 dias, para além da retirada da imunidade parlamentar a todos os deputados "para recuperar a paz social". Uma decisão que o partido Ennahda, principal força política, qualificou de "golpe de Estado".
Desde então Saied afastou os ministros da Economia, Tecnologia, Agricultura, Justiça e Defesa, substituídos por secretários-gerais ou altos funcionários dos respetivos departamentos e que vão exercer funções até à designação de um novo chefe de Governo.
Pelo menos 20 altos funcionários do Estado e da presidência do Executivo também foram demitidos, incluindo o procurador-geral, o secretário-geral do Governo, o diretor do gabinete da presidência do Governo e ainda os conselheiros do ex-primeiro-ministro.
A Tunísia iniciou a sua transição democrática em 2011 com a designada "Revolução do jasmim" que derrubou a ditadura de de Zine El Abidine Ben Ali, no poder há duas décadas, e que originou um total de dez governos, incapazes de solucionar a grave crise económica e social do país.
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