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Ataque de rebeldes ugandeses faz pelo menos 15 mortos na RDCongo

Pelo menos 15 civis foram mortos na segunda-feira no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), num novo ataque atribuído aos rebeldes ugandeses da Frente Democrática Aliada (ADF), confirmaram hoje fontes militares e da sociedade civil.

Ataque de rebeldes ugandeses faz pelo menos 15 mortos na RDCongo
Notícias ao Minuto

15:07 - 03/08/21 por Lusa

Mundo RDCongo

"Ontem [segunda-feira], o inimigo entrou na aldeia de Idohu. Trouxeram reféns do mato com eles, porque uma grande parte da população fugiu das aldeias por causa da insegurança. Eles trouxeram estes civis e mataram-nos", afirmou o coordenador da organização Convenção para o Respeito dos Direitos do Homem (CRDH), Christophe Munyanderu.

O ataque foi também confirmado à agência Efe, sem qualquer comentário, pelo porta-voz regional do Exército, tenente Jules Ngongo.

Segundo Munyanderu, a busca de corpos continua na aldeia, localizada na cidade de Irumu, na província nordeste de Ituri, pelo que o número de mortos pode aumentar.

"Desde julho, a insegurança aumentou e todas as aldeias foram esvaziadas de pessoas", disse o ativista, apelando a uma intervenção firme do Governo congolês na região.

As províncias do Kivu Norte e Ituri, que têm sido atingidas durante anos por um duro conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques de soldados regulares do Exército, estão sitiadas e sob administração militar desde 06 de maio, em resposta à crescente violência.

A ADF, uma dessas forças rebeldes, iniciou a sua violenta campanha em 1996 no Uganda ocidental contra o regime do Presidente do Uganda, Yoweri Museveni - a quem acusaram de ser anti-muçulmano -, até o Exército forçar a sua retirada para a fronteira com a RDCongo.

A partir daí, fizeram incursões em território congolês, que se tornaram mais frequentes e virulentas no último ano, aproveitando uma geografia montanhosa que lhes permite esconder-se das operações militares e da missão das Nações Unidas no país (Monusco), que enviou mais de 15.000 soldados.

A sua agenda não é clara, para além de uma possível ligação com a organização 'jihadista' Estado Islâmico.

De acordo com o último relatório publicado pelo Kivu Security Tracker, cerca de 120 grupos armados continuam ativos no leste da RDCongo, espalhados pelas províncias do Kivu Norte, Kivu Sul, Ituri e Tanganica.

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