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ONG bielorrussa acusa Minsk de "liquidar" líder de organização

A organização não-governamental do bielorrusso Vitali Chychov, encontrado morto por enforcamento em Kiev, denunciou hoje uma "operação planeada" pelo regime de Minsk para "liquidar" uma pessoa que ajudava aqueles que fogem da repressão na Bielorrússia. 

ONG bielorrussa acusa Minsk de "liquidar" líder de organização
Notícias ao Minuto

09:02 - 03/08/21 por Lusa

Mundo Vitali Chychov

"Não há dúvidas de que esta foi uma operação planeada pelos 'chekistas' (termo que designa as forças de segurança de Minsk) para liquidar uma pessoa 'verdadeiramente perigosa' para o regime bielorrusso", disse hoje a organização Maison Belarusian, na Ucrânia, através da rede social Telegram.   

Vitali Chychov foi encontrado enforcado num parque em Kiev, disse hoje a polícia ucraniana, acrescentando ter iniciado uma investigação de homicídio.

O líder da organização humanitária Casa da Bielorrússia na Ucrânia tinha sido dado como desaparecido na Ucrânia na segunda-feira, depois de ter saído de casa para fazer exercício físico.

"A polícia abriu um processo penal ao abrigo do Artigo 115 do Código Penal da Ucrânia (homicídio premeditado) e verificará todas as versões possíveis, incluindo a de homicídio apresentado como suicídio", disse a Polícia Nacional da Ucrânia.

"Vitali estava sob vigilância e a polícia (ucraniana) foi notificada. Fomos avisados várias vezes por fontes locais e por pessoas na Bielorrússia sobre a possibilidade de todos os tipos de provocações, incluindo sequestro e liquidação", disse ainda a organização não-governamental na mesma mensagem difundida hoje. 

De acordo com a ONG, Vitali Chychov, 26 anos, foi forçado a refugiar-se na Ucrânia no outono de 2020, depois de ter participado em protestos antigovernamentais em Gomel, no sul da Bielorrússia. 

Na Ucrânia, Chychov dirigia a organização que fornecia apoio a pessoas que fugiam da repressão exercida pelo regime de Minsk. 

A polícia ucraniana admite que a "morte foi camuflada por suicídio".

O movimento de contestação depois das eleições presidenciais na Bielorrússia em 2020 provocou uma vaga de detenções, exílios e a supressão de várias organizações não-governamentais e meios de comunicação independentes. 

Membros da oposição ao regime do Presidente Lukashenko, no poder desde 1994, abandonaram a Bielorrússia e exilaram-se sobretudo na Ucrânia, Polónia e na Lituânia. 

O regime é acusado de desvio de um avião comercial sob o pretexto falso de um ataque terrorista para prender o dissidente Roman Protassevitch que se encontrava a bordo.

A morte de Vitali Chychov acontece pouco depois do incidente relacionado com a atleta biolorussa, Krystsina Tsimanouskaya, que foi forçada a retirar-se dos Jogos Olímpicos de Tóquio por críticas às federações desportivas da Bielorrússia tendo pedido asilo político à Polónia. 

[Notícia atualizada às 09h40]

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