Menores marroquinos que entraram em Ceuta vão ter aulas separadas
Os cerca de 800 menores marroquinos que entraram ilegalmente em Ceuta, e permanecem nos vários centros criados pelo governo na cidade, vão ter aulas separadas dos outros estudantes e seguir um plano de "escolarização".
© Reuters
Mundo Migrantes
A diretora provincial do Ministério da Educação e Formação Profissional em Ceuta (MEFP), Yolanda Rodríguez, afirmou que está a ser elaborado um plano para facilitar a "escolarização" destes menores, mas que será baseado na imersão linguística e com aulas separadas do resto dos estudantes.
É um plano "complicado", dada a "volatilidade" dos números, segundo disse ao Ceutatv a diretora provincial, Yolanda Rodríguez.
"É possível que, quando começarmos o ano escolar, alguns se tenham mudado para a península ou tenham sido reclamados pelas suas famílias, em Marrocos, e por isso não estamos a lidar com um grupo estável", argumentou.
O MEFP não considera a integração, principalmente devido a problemas linguísticos, pelo que optou pela "imersão linguística como o principal instrumento, com uma série de locais ainda por determinar, uma vez que são os serviços centrais do Ministério que têm de definir o local" onde estas aulas serão lecionadas.
Em Ceuta há "crianças de idades diferentes que não falam a língua, e integrá-las numa classe significaria mais frustração" para estes jovens.
A maioria dos jovens tem pelo menos 16 anos de idade, apenas os anos em que a educação deixa de ser obrigatória. "Nesse momento, cada caso terá de ser estudado caso a caso", acrescentou ele.
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