Ministro da Defesa de Israel em Paris para informar sobre caso Pegasus
O ministro israelita da Defesa, Benny Gantz, vai deslocar-se esta semana a Paris para "manter ao corrente" as autoridades francesas sobre os últimos desenvolvimentos relacionados com o programa de cibersegurança Pegasus.
© REUTERS/POOL New
Mundo Cibersegurança
O sistema Pegasus, desenvolvido pela empresa israelita NSO foi usado, de acordo, com uma investigação jornalística, para espiar o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron.
"Na quarta-feira, o ministro da Defesa, Benny Gantz, vai a França para se encontrar com a ministra das Forças Armadas, Florence Parly, assim como para analisar questões estratégicas e de segurança (...). Ele vai 'manter ao corrente' a ministra sobre a questão relacionada com a NSO", disse hoje o governo israelita através de um comunicado.
O programa informático Pegasus está novamente no centro de um escândalo mundial de espionagem depois da publicação da última investigação jornalística do grupo Forbidden Stories e que já levou a organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras a pedir uma moratória sobre as vendas do sistema.
A chanceler alemã, Angela Merkel, também pediu restrições à venda do programa Pegasus.
A investigação jornalística difundida este mês revela uma lista de 50 mil números de telefone, selecionados pelos clientes da empresa israelita NSO desde 2016, com o intuito de exercer atos de vigilância e espionagem.
De acordo com o Forbidden Stories, grupo formado por 17 órgãos de comunicação social, pelo menos 180 jornalistas, 85 ativistas políticos e 14 chefes de Estado, foram espiados através do programa informático de fabrico israelita.
Emmanuel Macron é um dos chefes de Estado espiados pelo Pegasus, tendo a NSO refutado as notícias.
A empresa israelita que desenvolveu o programa informático tem sido acusada de promover atos de espionagem arbitrários ao longo dos últimos anos.
A NSO indica que o programa Pegasus é unicamente utilizado na obtenção de informações sobre redes criminosas e terroristas.
Entretanto, o Parlamento de Israel formou uma comissão de inquérito para apurar as alegações sobre a "má utilização" do programa informático por parte de alguns Estados, entre os quais o reino de Marrocos.
O Pegasus permite a infiltração nos sistemas informáticos e é considerado um produto de cibersegurança "ofensivo" e, por isso, as vendas do programa só podem ser efetuadas depois da autorização da agência israelita que controla a exportação de material militar e que é tutelada pelo Ministério da Defesa, tal como acontece com armamento.
De acordo com a France Presse, o ministro israelita, ex-chefe de Estado Maior israelita, vai também discutir em Paris a situação no Líbano e as questões relacionadas sobre o programa nuclear iraniano.
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