Filho de ativista iraquiana apareceu morto a tiro em Bassorá
O filho de uma conhecida ativista de direitos humanos iraquiana, Fatima Al-Bahadly, foi encontrado morto a tiro em Basssorá, no sábado, após estar desaparecido por 24 horas, disseram hoje fontes médicas e familiares.
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Mundo Iraque
Ali Karim, um jovem de 26 anos, foi sequestrado por estranhos na sexta-feira e o seu corpo foi encontrado 24 horas depois a oeste de Bassorá, segundo familiares citados pela imprensa local, tendo sido alvo de três tiros, na cabeça e no peito, de acordo com fontes médicas.
O embaixador da União Europeia em Bagdade, Martin Huth, usou a sua conta na rede social Twitter para pedir, hoje, "uma investigação séria", lembrando que a mãe do jovem tem sido "alvo de uma campanha de acusações".
Fatima Al-Bahadly é a fundadora da organização Al-Firdaous, que se concentra na proteção e educação das mulheres e faz campanha contra o recrutamento de jovens para grupos armados, tendo sido por várias vezes objeto de ameaças de morte e de intensa pressão social, de acordo com organizações não governamentais.
"Ela tem sido alvo de ameaças de alguns partidos políticos, que a acusam de estar ligada a interesses estrangeiros", explicou Ali al-Bayati, membro da Comissão Iraquiana de Direitos Humanos, um organismo independente.
"Condenamos a continuação da campanha de assassínios de ativistas e pedimos às autoridades para continuar a combater e a erradicar os grupos criminosos", reagiu, em comunicado, o ex-primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi, chefe da coligação política Al-Nasr.
Desde a revolta popular no final de 2019 - defendendo um novo regime e o fim da influência do Irão sobre o Iraque - dezenas de ativistas foram mortos ou sequestrados, em ações que são atribuídas às fações pró-iranianas no Iraque.
Em meados de julho, o Governo anunciou a prisão dos assassinos de um respeitado investigador iraquiano, Hicham al-Hachemi, um ano após a sua morte numa rua de Bagdade.
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