Durante uma entrevista, Mark Milley explicou que os talibãs controlam "cerca de metade" dos distritos afegãos, mas nenhuma das principais cidades do país, adiantando que o exército local está a reagrupar-se para proteger a população.
"Uma vitória militar automática dos talibãs não é uma conclusão precipitada", acrescentou.
De acordo com o chefe do Estado Maior dos EUA, os talibãs controlam 212 dos cerca de 400 distritos afegãos e cerca de 17 das 34 capitais das províncias.
O exército afegão, com 300 mil militares treinados e equipados pelo Ocidente, "tem os meios" para defender o país, observou Mark Milley, indicando que tudo vai depender da "determinação e liderança do povo afegão, das forças afegãs e do governo afegão".
Por seu lado, o secretário de Estado da Defesa, Lloyd Austin, salientou que os EUA oferecerem ao exército afegão três helicópteros de combate 'Blackhawk', na sexta-feira, e que vão dar outros equipamentos.
"Continuamos empenhados em ajudar o exército e governo afegão no futuro", disse.
Os talibãs anunciaram na quarta-feira que só lutariam se fossem atacados durante a Festa do Sacrifício, "Eid al-Adha", sem anunciar um cessar-fogo formal.
O grupo islamita tem lançado ataques contra as forças afegãs desde maio, após a retirada das forças militares internacionais do Afeganistão, que está prevista terminar no final de agosto.
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