"Um indivíduo malicioso quis prejudicar a integridade física do Presidente de transição" no final da oração do Eid al-Adha na terça-feira na Grande Mesquita de Bamako, disse numa declaração o procurador do Tribunal Superior (TGI) da comuna II de Bamako, Bourama Kariba Konate.
E prosseguiu: "Tendo em conta estes factos, que são suscetíveis de constituir delitos contra a segurança do Estado e tentativa de homicídio, foi aberto um inquérito com vista a lançar luz sobre este acontecimento".
O coronel Goïta, autor de dois golpes em menos de um ano, incluindo o que derrubou o Presidente Ibrahim Boubacar Keita, em 18 de agosto de 2020, escapou ileso da tentativa de agressão, cometida por um homem armado com uma faca.
O alegado autor do ataque, que foi subjugado pelos guarda-costas do chefe de Estado, ainda estava hoje a ser interrogado na Segurança do Estado (serviços secretos), enquanto a polícia está a ouvir testemunhas, disse à agência AFP o Superintendente-Chefe Sadio Tomoda, do 3.º distrito policial de Bamako.
A identidade do agressor não foi revelada. Sadio Tomoda disse na terça-feira à noite que era um "professor", sem mais pormenores.
Até agora, as autoridades não forneceram oficialmente nenhuma pista quanto aos motivos do agressor, num país que é altamente instável politicamente e que tem sido afetado pela violência desde 2012.
"Quando se é líder, há sempre descontentes, há pessoas que, em qualquer altura, podem querer tentar coisas para desestabilizar, para tentar ações isoladas", disse o coronel Goïta na televisão nacional, na terça-feira, dizendo que estava "muito bem".
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