Taiwan e Lituânia reforçam laços com escritórios de representação
Taiwan e a Lituânia vão abrir escritórios de representação no território um do outro, informou hoje a ilha autónoma, descrevendo um avanço para as suas relações externas, que estão sob constante ameaça por parte da China.
© Youtube/Mask Agent
Mundo Taiwan
Os escritórios visam fortalecer as relações económicas e comerciais, juntamente com a cooperação em vários outros campos, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan.
O escritório vai usar o nome Taiwan, ao invés de "Taipé China", o termo usado em outros países para não ofender Pequim, que reivindica a ilha como seu território, apesar de Taipé atuar como uma entidade política soberana.
"Os governos de Taiwan e da Lituânia concordaram mutuamente, após intensas negociações, que Taiwan estabelecerá em breve um escritório de representação na capital lituana de Vílnius", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros de Taiwan, Joseph Wu.
"O nome do escritório de representação vai ser 'escritório de representação de Taiwan na Lituânia'. O Ministério dos Negócios Estrangeiros está a trabalhar afincadamente nos preparativos", disse Wu.
O primeiro escritório de representação de Taiwan no exterior a usar o nome Taiwan foi estabelecido na Somalilândia, em 2020.
Embora a pressão chinesa tenha reduzido os aliados diplomáticos formais da ilha para apenas 15, Taipé mantém laços informais com todas as principais nações por meio de embaixadas de facto.
A Lituânia vai abrir o seu escritório em Taiwan no outono, disse Wu.
"Acredito, portanto, que as trocas económicas e comerciais entre Taiwan e a Lituânia, a cooperação em vários campos, bem como as amizades entre as pessoas, serão melhoradas, apesar da distância geográfica", referiu Wu.
A última vez que Taiwan estabeleceu um escritório de representação na Europa foi em 2003 em Bratislava, Eslováquia.
O reconhecimento do princípio 'uma só China' é o pré-requisito e base política para a República Popular manter relações diplomáticas com outros países. Aquele princípio é visto por Pequim como uma garantia de que Taiwan é parte do seu território.
Pequim considera Taiwan uma província chinesa e defende a "reunificação pacífica", mas tem ameaçado "usar a força" se a ilha declarar independência.
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