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João Lourenço afirma solidariedade da CPLP com "povo irmão de Moçambique"

O Presidente de Angola exprimiu hoje solidariedade dos países membros da CPLP com "o povo irmão de Moçambique" e reforçou a necessidade de uma cooperação multilateral que permita uma resposta rápida aos desafios do presente e do futuro.

João Lourenço afirma solidariedade da CPLP com "povo irmão de Moçambique"
Notícias ao Minuto

22:18 - 17/07/21 por Lusa

Mundo CPLP

"Os Estados-membros da organização aproveitam esta ocasião para manifestar a sua solidariedade ao povo irmão de Moçambique pelo sofrimento provocado pelas ações de terrorismo que atingiram seriamente a província de Cabo Delgado", disse João Lourenço no discurso de encerramento da XIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Luanda.

O Presidente angolano sublinhou que o encontro reforçou ainda "a necessidade de uma cooperação multilateral que concorra para uma resposta rápida aos desafios presentes e futuros, e para uma saída da grave crise sistémica".

No discurso final, João Lourenço lançou também o desafio de criar um Banco de Investimento da CPLP que permita valorizar o potencial económico dos Estados-membros e transformar a organização numa "força económica relevante".

"No âmbito da busca de mecanismos de financiamento, deixamos aqui o desafio de se começar a pensar na pertinência e viabilidade, ainda que remota, da criação de um Banco de Investimentos da CPLP", sugeriu.

João Lourenço focou ainda a situação inédita provocada pela covid-19, apelando a que se encontrem "formas mais dinâmicas e criativas de nos adaptarmos a esta nova realidade, de conviver com uma pandemia que vai a caminho do seu segundo ano" e considerou que a crise sanitária não deve impedir de desenvolver a economia.

"Defendemos a valorização das potencialidades existentes nos mais diversos setores económicos e sociais dos Estados-membros da nossa organização, através do fomento da produção nacional e das exportações, para que possamos satisfazer as expectativas de milhões de cidadãos do nosso espaço comunitário", afirmou.

Angola propõe a inclusão de um novo pilar económico e empresarial nos objetivos da sua Presidência rotativa da CPLP, tendo em vista a necessidade da promoção do desenvolvimento sustentável, e da expansão do mercado intracomunitário, através de parcerias económicas e empresariais entre os Estados-membros. 

João Lourenço acrescentou que a atividade da CPLP não se restringe às questões económicas e neste período de pouco mais de duas décadas, têm sido dados passos significativos em outras áreas de cooperação, em especial na promoção da língua portuguesa, na concertação política e na frente cultural.

Considerou, por outro lado, que a mobilidade continua a ser um dos grandes desafios para a comunidade, sendo decisiva para uma maior aproximação entre os povos e aprofundamento da cooperação económica, bem como o enriquecimento da língua portuguesa e intercâmbio cultural e turístico.

"Isso permitirá que milhões de cidadãos dos nossos países beneficiem de forma concreta dos ganhos e vantagens da pertença a uma comunidade que se expande por países de quatro continentes, com formas próprias de vida e de expressão cultural e artística", disse o governante angolano, salientando que há ainda "um caminho a percorrer" para materializar "esta vontade aqui manifestada e que reflete a vontade" dos povos lusófonos.

A organização lusófona aprovou na cimeira um Acordo de Mobilidade no âmbito da CPLP.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP, que hoje celebra 25 anos.

Leia Também: CPLP. Presidente angolano lança desafio de criar Banco de Investimento

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