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Balcãs não estão fazer progressos para integrar países na UE, diz Borrell

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou hoje que "há um problema com os Balcãs", porque não estão a ser feitos progressos suficientes nas reformas necessárias para integrar os países daquela região na União Europeia (UE).

Balcãs não estão fazer progressos para integrar países na UE, diz Borrell
Notícias ao Minuto

23:16 - 14/07/21 por Lusa

Mundo Borrell

"Temos um problema com os Balcãs. As reformas não estão a avançar em alguns países no ritmo necessário", disse o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança durante uma sessão da Comissão de Negócios Estrangeiros, no Parlamento Europeu.

Josep Borrell falava sobre a sua recente participação no 14.º Fórum de Dubrovnik, uma cimeira regional realizada naquela cidade da Croácia em 10 de julho.

"Pude perceber, através de contactos pessoais com ministros da área, uma clara deceção por parte dos países balcânicos quanto à relação com a União Europeia", afirmou.

Especificamente, Borrell fez alusão a comentários de representantes desses países que disseram que "se tiveram vacinas [contra a covid-19], foi graças à China", lamentando que a EU não terá sido "suficientemente pró-ativa".

Por seu lado, o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança considerou que as reformas acordadas com os países dos Balcãs Ocidentais para se juntarem à EU não estão a evoluir como pretendido, como "é o caso da Bósnia-Herzegovina".

Além disso, destacou "bloqueios criados", como o imposto pela Bulgária no processo de integração da Macedónia do Norte, ou as dificuldades no diálogo para normalizar as relações entre a Sérvia e o Kosovo, apoiado pela UE.

Sobre o diálogo entre Pristina e Belgrado, será realizada uma nova reunião em Bruxelas na próxima segunda-feira.

"Não desanimo facilmente. É um problema difícil de tratar", uma vez que "as feridas estão à superfície" e quando o passado se aproxima "torna-se bastante difícil. Mas temos que trabalhar pela reconciliação", resumiu.

Apontando para necessidade de reconciliação nos Balcãs, Josep Borrell acrescentou que, no 26.º aniversário do genocídio de Srebrenica (Bósnia e Herzegovina) -- que matou oito mil civis muçulmanos bósnios do sexo masculino --, "ainda há líderes dos Balcãs que questionam o genocídio".

Hoje, o alto representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia (UE) instou também a Bósnia-Herzegovina a esforçar-se mais nas reformas eleitoral e constitucional para alcançar o estatuto de país candidato à adesão ao bloco.

"Encorajamos as autoridades a acelerarem os esforços necessários nos meses que faltam deste ano não eleitoral. Têm o dever de conduzir o país na via da integração europeia, em consonância com as aspirações dos cidadãos", declarou Josep Borrell numa conferência de imprensa ao lado do primeiro-ministro bósnio, Zoran Tegeltija.

A Bósnia apresentou em fevereiro de 2016 a sua candidatura para aderir à UE e assinou um Acordo de Estabilização e Associação que entrou em vigor em junho de 2015. Para obter o estatuto de candidato deve dar resposta a 14 requisitos chave.

Leia Também: Borrell repreende primeiro-ministro esloveno por declarações sobre o Irão

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