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Cuba. Ex-governantes contra argumento de não-ingerência após protestos

A comunidade internacional deve ajudar o povo cubano que se manifesta pacificamente pelo que, neste caso, é inválido invocar a não-ingerência nos assuntos internos, exigiram hoje ex-chefes de Estado e de governo da América Latina e Espanha.

Cuba. Ex-governantes contra argumento de não-ingerência após protestos
Notícias ao Minuto

17:43 - 14/07/21 por Lusa

Mundo Cuba

A posição foi assumida por antigos governantes que integram a Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (IDEA), que expressaram ao povo cubano a "solidariedade" e apoio "à luta incessante pela conquista das liberdades".

A declaração foi assinada por Óscar Arias (Costa Rica), José María Aznar (Espanha), Nicolás Ardito Barletta e Mireya Moscoso (Panamá), Felipe Calderón e Vicente Fox (México), Alfredo Cristiani (El Salvador), Eduardo Frei (Chile), Osvaldo Hurtado e Jamil Mahuad (Equador), Luis Alberto Lacalle e Julio María Sanguinetti (Uruguai), Rafael Ángel Calderón, Laura Chinchilla e Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica), Andrés Pastrana e Álvaro Uribe (Colômbia), Jorge Tuto Quiroga (Bolívia) e Juan Carlos Wasmosy (Paraguai).

"A nação cubana é sujeita há mais de seis décadas a uma feroz ditadura comunista e hoje homens e mulheres manifestam-se de modo decidido e pacífico na reivindicação dos direitos humanos fundamentais, como a liberdade de pensamento e expressão, acesso à alimentação e medicamentos, entre tantos outros", afirmam os signatários em um comunicado.

No documento destacaram ainda que o "exercício do direito de reunião e manifestação pacífica apenas encontrou como resposta do Estado cubano a repressão brutal e a perda da liberdade e integridade pessoais de quem não se submete aos seus ditames desumanos".

Por tudo isso, reclamam o apoio da comunidade internacional e, principalmente, dos outros governos do continente americano.

Na opinião destes antigos dirigentes, a ajuda da comunidade é necessária "para que a nação daquela república irmã receba ajuda humanitária e vacinas reconhecidas para atender à pandemia universal".

"Nenhum governo pode agitar a bandeira da soberania e dos assuntos internos perante situações que comprometem de maneira generalizada e sistemática a aplicação dos direitos humanos e a sua tutela efetiva", insistiram.

No domingo, milhares de cubanos saíram as ruas para protestar contra o governo e exigir "liberdade!", um dia inédito que terminou com dezenas de detidos e confrontos depois de o Presidente, Miguel Díaz-Canel, ter recorrido à televisão para apelar aos seus apoiantes que saíssem à rua para enfrentar os manifestantes e defender a Revolução.

Segundo fontes oficiais, uma pessoa morreu e centenas foram detidas.

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