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Casado lamenta que "esquerda caviar" não tenha condenado regime cubano

O líder do Partido Popular (PP), Pablo Casado, lamentou hoje que "a esquerda caviar espanhola" não tenha ainda condenado o regime cubano, criticando "a ignomínia e o sectarismo" do governo por não admitir que há uma ditadura naquele país caribenho.

Casado lamenta que "esquerda caviar" não tenha condenado regime cubano
Notícias ao Minuto

23:32 - 13/07/21 por Lusa

Mundo Cuba

"Não respondeu se Cuba é uma ditadura", afirmou Pablo Casado, em relação à atitude da nova ministra da Política Territorial e porta-voz do Governo, Isabel Rodríguez, "depois de ter sido questionada quatro vezes" pelos jornalistas, durante a conferência de imprensa do Conselho de Ministros.

O líder do PP falava enquanto recebia o prémio de Hispanidade, Concórdia e Liberdade, concedido pela Fundação Mariano Ospina Pérez, a Fundação da Comunidade Ibero-americana e a Fundação Independente.

"Todos estes bravos historicistas de ditadores mortos em Espanha... Por que é defendem ditadores vivos? É covardia e sectarismo?", questionou.

No mesmo sentido, Pablo Casado atribuiu culpas "à conivência" do chefe do executivo (PSOE), Pedro Sánchez", que "nomeou os ministros".

"A ditadura cubana ou venezuelana não pode ser tolerada no século 21 em Espanha", acrescentou.

Pablo Casado adiantou ainda que o seu partido vai pedir "um pronunciamento no Parlamento Europeu" para que "se respeite a liberdade dos manifestantes pacíficos em Cuba" e "cesse o assédio aos dissidentes" na Venezuela.

Agastados com a crise económica, que agravou a escassez de alimentos e medicamentos e obrigou o governo a cortar a eletricidade durante várias horas por dia, milhares de cubanos saíram às ruas espontaneamente no domingo, em dezenas de cidades do país, aos gritos de "Temos fome", "Liberdade" e "Abaixo a Ditadura".

Trata-se de uma mobilização sem precedentes em Cuba onde as únicas reuniões autorizadas são geralmente as do Partido Comunista Cubano (PCC, partido único), tendo as forças de segurança procedido a dezenas de detenções e se envolvido em confrontos com manifestantes.

O Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, exortou no domingo os seus apoiantes a saírem às ruas prontos para o "combate", em resposta às manifestações que aconteceram contra o Governo em vários pontos do país.

Numa comunicação televisiva, Díaz-Canel acusou os Estados Unidos de desestabilizarem o país e de procurarem criar condições para uma mudança de regime, salientando que os protestos tiveram como objetivo "fraturar a unidade do povo" e "desacreditar o Governo e a revolução".

O serviço de Internet móvel foi cortado no domingo, a meio do dia, o que tem dificultado a circulação de informações sobre o impacto das manifestações populares.

Nas horas anteriores ao corte dos serviços de comunicações por Internet móvel, tinham-se multiplicado nas redes sociais as denúncias sobre repressão e violência policial sobre os manifestantes deste fim de semana.

Leia Também: Estados Unidos pedem a Cuba que restabeleça acesso à internet móvel

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