Putin diz que Ucrânia apenas poderá ser soberana associando-se à Rússia
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje, num artigo divulgado pelo Kremlin, que a Ucrânia só pode ser um país soberano se estiver associado à Rússia, argumentando que ucranianos e russos são "um mesmo povo".
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Mundo Rússia
"Estou convencido de que a verdadeira soberania da Ucrânia será possível justamente em associação com a Rússia", defendeu o Presidente russo no texto, onde faz uma revisão da história dos dois países e explica que as relações civilizacionais entre ambos são provenientes "da mesma fonte, foram forjados com desafios, conquistas e vitórias conjuntas".
"A nossa relação transmite-se de geração em geração. Está no coração, na memória das pessoas que vivem na Rússia e na Ucrânia, nos laços de sangue que unem milhões de famílias", acrescentou Putin, explicando que os povos da Rússia e da Ucrânia serão muito mais fortes e bem-sucedidos se estiverem unidos.
"Porque somos um só povo", sublinhou o Presidente russo, dizendo que o seu país respeita a língua ucraniana e as suas tradições, bem como a aspiração dos ucranianos de ter um Estado livre, seguro e próspero.
A Ucrânia considera a Rússia um país agressor desde a anexação ilegal da Crimeia, em 2014, e denuncia o apoio de Moscovo aos insurgentes pró-russos na região de Donbass, que levou a um conflito armado que já custou mais de 13.000 vidas.
"A Rússia está aberta ao diálogo com a Ucrânia e disposta a debater as questões mais difíceis. Mas para nós é importante entender se o nosso parceiro defende os seus interesses nacionais ou serve aos interesses de outros; se não é uma arma nas mãos de outros para lutarem contra nós", avisou Putin, destacando que a Rússia nunca será anti-ucraniana, mas fazendo saber que caberá aos ucranianos decidir como deve ser o seu próprio país.
Para Putin, a "russofobia" que prevalece na Ucrânia foi semeada a partir do Ocidente e visa criar "uma atmosfera de medo, uma retórica agressiva, uma tolerância para com os neonazis e uma militarização do país" para atingir o objetivo de "dividir para reinar".
"Não se trata de uma simples dependência, mas de um controlo externo direto, que inclui a supervisão por assessores estrangeiros dos órgãos do poder, os serviços secretos e as forças armadas, o domínio militar do território da Ucrânia, a localização das infraestruturas da NATO", denunciou Putin.
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