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Idai. Pessoas com mesmo nome condicionam pagamento de subsídios

A existência de pessoas com os mesmos nomes na lista de beneficiários dos subsídios das vítimas do ciclone Idai está a condicionar o processo de apoio às famílias afetadas, informou o Instituto Nacional de Ação Social (INAS) de Moçambique.

Idai. Pessoas com mesmo nome condicionam pagamento de subsídios
Notícias ao Minuto

16:43 - 08/07/21 por Lusa

Mundo Moçambique/Ciclones

"Há pessoas que aparecem com nomes parecidos e apresentando documentos nos postos para receberem os subsídios. Outros dizem que não receberam na primeira fase enquanto na lista há registo de que já receberam. Isto frustra as nossas expectativas de pagamento destes subsídios", disse à Lusa Abdul Razack, delegado do INAS na província de Sofala.

Segundo a fonte, casos destes são frequentes na cidade da Beira, uma das mais afetadas pelo ciclone que se abateu sobre o centro de Moçambique em março de 2019.

"O que nós estamos a fazer é recolher os dados destes beneficiários com os mesmos nomes e voltarmos ao nosso sistema de cadastro para confrontar a informação, só para não haver oportunistas como houve no primeiro processo", declarou.

A fonte disse ainda ser prematuro avançar o número de beneficiários que poderão ver os seus subsídios cativados pela sua instituição devido a estas anomalias, mas garantiu que as listas, contendo perto de 32 mil pessoas na cidade da Beira, foram ratificadas.

O pagamento de subsídios às vítimas do ciclone Idai no distrito da Beira ficou suspenso em agosto do ano passado devido às restrições impostas pela covid-19, na medida em que as instalações da entidade que devia efetuar o pagamento começaram a registar aglomerações, na sequência de reclamações de pessoas que não constavam das listas.

No total, devem receber o subsídio na província de Sofala cerca de 74 mil famílias de 10 dos 13 distritos da província, pessoas afetadas severamente pelo Idai.

O Governo moçambicano aprovou o pagamento de um subsídio mensal de 2.500 meticais (29,3 euros) a cada uma das vítimas.

O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique em março de 2019, provocou 604 mortos e 1,8 milhões de pessoas afetadas.

Pouco tempo depois, em abril, o norte do país foi afetado pelo ciclone Kenneth, que matou 45 pessoas e afetou outras 250 mil.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas mudanças climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais.

Leia Também: Moçambique. Famílias vão receber segunda tranche de subsídio pós-Idai

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