Suécia: Social-democrata Stefan Lofven reinvestido primeiro-ministro
O primeiro-ministro demissionário da Suécia, Stefan Lofven, foi hoje reinvestido chefe do governo pelo parlamento, acabando no imediato a crise política inédita que agitou o país nórdico nas últimas três semanas.
© Reuters
Mundo Suécia
A sua nomeação foi validada, na ausência de uma maioria absoluta contra ele: 173 deputados em 349 votaram não, quando a oposição da direita e da extrema-direita necessitava de 175 votos para o bloquear.
Stefan Lofven obteve apenas 116 votos a favor e registaram-se 60 abstenções, mas o resultado não o impede de reassumir o cargo, que teve de abandonar a 21 de junho na sequência de uma moção de censura.
O dirigente social-democrata, no poder desde 2014, confirmou assim mais uma vez o seu estatuto de sobrevivente da política sueca, ou de "gato de sete vidas", como tem sido designado pela imprensa nos últimos dias.
O cenário de recondução concretizou-se após as decisões do Partido de Esquerda, na origem da crise política, e do Partido do Centro, de não votarem contra Lofven.
O resultado permite evitar eleições no outono, mas nessa altura o chefe do governo arrisca uma nova crise política com a apresentação do orçamento.
Um projeto de liberalização das rendas esteve na origem da crise política ao levar o Partido de Esquerda, até aí apoio ocasional do governo, a votar a moção de censura ao lado da direita e da extrema-direita. O projeto foi entretanto retirado.
Como os conservadores não conseguiram os apoios necessários para governar, Lofven foi encarregue de reformar a maioria.
A Suécia tem marcadas eleições legislativas para setembro de 2022.
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