"O problema técnico [da central] foi resolvido", disse o seu diretor, Mahmoud Jafari, que é também adjunto da Organização Iraniana de Energia Atómica (OIEA), em declarações divulgadas pela agência oficial do Irão (ISNA) e citadas pela France-Presse (AFP).
Na noite de 20 de junho, a OIEA anunciou o encerramento temporário da central, citando uma "falha técnica", sem especificar a natureza do problema.
Dois dias depois, a organização deu conta de um "problema técnico" no gerador da unidade, prometendo resolvê-lo "o mais rapidamente possível".
Em abril, a região foi abalada por um terramoto de magnitude 5,8 na escala de Richter, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
O sismo provocou cinco feridos, segundo a agência oficial iraniana, mas as autoridades negaram que tivesse afetado a central nuclear.
"Todas as instalações, equipamento e edifícios da central nuclear de Bushehr estão em perfeito estado e as suas atividades não foram interrompidas", afirmou então o departamento de relações públicas da central, num comunicado divulgado pela ISNA.
A central de Bushehr, com um reator de 1.000 megawatts (MW), foi construída pela Rússia, tendo sido entregue em setembro de 2013, após anos de atraso.
A central utiliza urânio produzido na Rússia, e não no Irão, e a sua atividade é supervisionada pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), dependente das Nações Unidas.
Grande produtor de petróleo e gás, o Irão quer construir 20 centrais nucleares a longo prazo, a fim de diversificar os seus recursos energéticos e ser menos dependente de combustíveis fósseis para o consumo interno.
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