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Peru: Recusada auditoria internacional solicitada por Keiko Fujimori

O governo peruano rejeitou sexta-feira o pedido da candidata da direita Keiko Fujimori de realizar uma auditoria internacional ao segundo turno da eleição presidencial, que ocorreu a 6 de junho, alegando que tal violaria a "neutralidade" no processo eleitoral.

Peru: Recusada auditoria internacional solicitada por Keiko Fujimori
Notícias ao Minuto

09:14 - 03/07/21 por Lusa

Mundo Peru

A filha do ex-presidente Fujimori (1990-2000), que está na mira da justiça numa investigação por corrupção, começou a evocar a existência de fraude três dias depois das eleições, quando o candidato de esquerda Pedro Castillo recuperou a vantagem que tinha até então.

"Em virtude do princípio da neutralidade, que qualquer instituição do Estado deve respeitar e com o atual processo eleitoral em curso, não é legalmente possível responder legalmente ao pedido formulado", escreveu o ministro da Justiça, Eduardo Vega, numa carta de resposta ao pedido apresentado por Keiko Fujimori na segunda-feira.

"As irregularidades a que se refere na carta devem ser tratadas pelo Júri Nacional Eleitoral, que avaliou e resolveu as contestações e os pedidos de nulidade [de votos] formulados pelos grupos políticos", acrescentou o ministro.

A candidata da direita populista, que convocou uma auditoria "como feito na Bolívia" após a disputada eleição presidencial de 2019, reagiu fortemente a esta recusa nas redes sociais, atacando o presidente interino do Peru.

"O Presidente Francisco Sagasti abdicou da sua importante responsabilidade de garantir eleições transparentes em condições de igualdade", escreveu no Twitter.

A missão de observação da Organização dos Estados Americanos (OEA), os Estados Unidos e a União Europeia consideraram que a votação no Peru foi livre e transparente e defenderam o trabalho do ONPE (sigla para o Escritório Nacional de Processos Eleitorais do Peru), encarregado de organizar a votação, e do Júri Nacional Eleitoral responsável pelo estudo dos litígios.

O candidato ultraliberal, Hernando de Soto, denunciou "fraudes" nesta votação, que dá ao candidato da esquerda popular, Pedro Castillo, a vitória com 50,12% dos votos em 100% dos votos apurados ou cerca de 44.000 votos antecipados. Foram apresentados recursos envolvendo dezenas de milhares de votos.

Em 2019, um relatório da OEA realizado após a eleição presidencial na Bolívia constatou "manipulação intencional" por parte do Governo do presidente de esquerda Evo Morales, que governava desde 2006.

Leia Também: Justiça do Peru rejeita existência de fraude nas eleições presidenciais

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