Líbano: Washington e Paris consideram todas as opções, insiste a França
Os Estados Unidos e a França estão a considerar todas as opções contra os responsáveis políticos libaneses, incluindo "sanções", para resolver a crise que paralisa o país, declarou hoje um governante francês.
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Mundo Líbano
"A posição norte-americana creio que é a mesma (que a de Paris), manter a pressão máxima, não descartar qualquer opção, incluindo novas sanções", disse o secretário de Estado para os Assuntos Europeus, Clément Beaune, numa audição no Senado.
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, e o seu homólogo francês, Jean-Yves Le Drian, acordaram na sexta-feira em Paris exercer uma pressão comum sobre os responsáveis pela crise, sem precisar de que forma.
Le Drian evoca regularmente, incluindo a nível europeu, "a possibilidade ou a necessidade de sanções", lembrou Beaune, perante a Comissão dos Assuntos Europeus.
"Não sei se será tomada uma decisão (ao nível da União Europeia), pois é um debate sensível, mas há vontade europeia de examinar possíveis sanções nas próximas semanas e, em todo o caso, de manter a pressão", explicou, adiantando que o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, "trabalha num possível pacote de sanções".
A França, por seu turno, aprovou recentemente restrições de acesso ao seu território contra personalidades libanesas consideradas responsáveis pelo bloqueio, sem revelar a sua identidade.
Antony Blinken, Jean-Yves Le Drian e o seu homólogo da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, apelaram na terça-feira, à margem de uma reunião do G20, aos dirigentes libaneses para ultrapassarem as divergências e tentarem resolver a grave crise económica, financeira e social que o seu país atravessa.
Desde o início da crise no outono de 2019 -- uma das piores no mundo desde 1850 segundo o Banco Mundial -, a libra libanesa perdeu 90% do seu valor em relação ao dólar no mercado negro.
O Líbano sofre com a falta de combustível, medicamentos e produtos essenciais, com o aumento do desemprego e o empobrecimento em grande escala.
Está sem governo há 10 meses, por ausência de um acordo entre os partidos no poder, acusados pela rua de deixarem o país afundar-se.
Os principais apoiantes pedem a Beirute a formação de um novo governo para realizar as reformas estruturais exigidas pela comunidade internacional em troca de mais ajuda.
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