Ativista saudita Nassima al-Sada libertada, anuncia Amnistia

A Amnistia Internacional Portugal anunciou hoje que a defensora dos direitos humanos da Arábia Saudita Nassima al-Sada foi libertada, cerca de três anos depois de ter sido presa, congratulando-se com o sucedido.

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Lusa
30/06/2021 13:45 ‧ 30/06/2021 por Lusa

Mundo

Amnistia Internacional Portugal

 

Trata-se de "uma vitória de direitos humanos há muito devida", assinala a organização num comunicado.

A ativista foi libertada no fim de semana, mas ficou "em liberdade condicional e impedida de viajar para fora da Arábia Saudita durante cinco anos", adianta a AI Portugal.

Figura destacada na defesa dos direitos das mulheres, Nassima al-Sada foi uma voz ativa contra as leis de tutela masculina da Arábia Saudita, que davam aos maridos, pais e, em alguns casos, aos filhos controlo sobre a mulher, por exemplo sobre a sua capacidade de obter um passaporte e viajar. Também defendeu o direito das mulheres de conduzir.

Riade já suspendeu ambas as restrições.

A AI Portugal recorda que "enquanto esteve presa, Nassima foi vítima de maus-tratos e permaneceu em regime de prisão solitária durante cerca de um ano na prisão al-Mabahith, em Dammam, sem oportunidade de contactar a sua família, advogado ou de dirigir-se ao exterior".

A Amnistia Internacional "trabalhou incessantemente pela libertação de Nassima" e recolheu 770 mil assinaturas, "mais de 40 mil" em Portugal, onde juntou também "400 mensagens de solidariedade".

Numa "ação discreta" para evitar "possíveis retaliações" à ativista, a secção portuguesa da AI entregou há 20 dias às autoridades sauditas em Portugal as assinaturas pela sua libertação.

"Na Arábia Saudita, embora as leis se tenham tornado mais flexíveis e as mulheres estejam autorizadas a conduzir desde 2018, continuam a existir mulheres presas por tornar essa mudança possível, sem terem conseguido ainda usufruir de parte da sua conquista", lembra a organização.

"Todas as que contribuem de forma pacífica para o respeito dos direitos humanos na Arábia Saudita devem ver as suas acusações retiradas e ser imediatamente libertadas", insiste.

Leia Também: Zâmbia está à beira de uma crise de direitos humanos, alerta AI

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