"O Gabinete central da Baviera para o Extremismo e Terrorismo assumiu a investigação porque é provável um motivo islâmico", indicaram o Ministério Público da Baviera e o serviço regional da polícia criminal num comunicado conjunto.
"Esta tese é apoiada pelos dois gritos de 'Allah Akbar' ('Deus é grande' em árabe) ouvidos por testemunhas aquando da execução do crime e por uma referência à 'jihad'" feita pelo suspeito durante a sua hospitalização numa clínica de Wuerzburg após a detenção.
No entanto, a procuradoria federal antiterrorista ainda não assumiu a investigação.
"Até ao momento não foram encontradas provas de material de propaganda ou outros conteúdos extremistas", precisa o comunicado.
A investigação centra-se atualmente na análise dos objetos, entre os quais dois telemóveis, que foram apreendidos no apartamento do somali de 24 anos, que chegou à Alemanha em 2015. Em questão está também o estado de saúde mental do homem.
Com autorização de residência na Alemanha, o homem era conhecido da polícia e a justiça tinha ordenado o seu internamento provisório num hospital psiquiátrico.
Na sexta-feira ao final da tarde, o agressor, descalço e armado com uma faca de cozinha, atacou sucessivamente 10 pessoas, algumas na cabeça e no pescoço, num armazém de Wuerzburg.
Três mulheres foram mortas e seis outras pessoas, incluindo uma criança, ficaram gravemente feridas, mas estão agora fora de perigo. Uma última pessoa foi ligeiramente ferida.
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