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Coligação global promete reforço da luta contra Estado Islâmico

Os chefes de diplomacia dos países da coligação de luta contra os 'jihadistas' do Estado Islâmico (EI) reafirmaram hoje a sua crença de que é necessário "um esforço abrangente e coletivo" para "derrotar totalmente" aquele grupo.

Coligação global promete reforço da luta contra Estado Islâmico
Notícias ao Minuto

16:36 - 28/06/21 por Lusa

Mundo Estado Islâmico

Reunidos em Roma, sob a coordenação do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e do ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi Di Maio, os chefe de diplomacia dos 83 países da aliança contra o grupo 'jihadista' consideram que esta coligação tem provado ser "uma ferramenta coesa" e que deve manter os esforços para "uma derrota duradoura do grupo terrorista".

Num comunicado conjunto divulgado no final da reunião que decorreu hoje em Roma, os ministros dos Negócios Estrangeiros da coligação comprometem-se a "fortalecer a cooperação em toda a linha", a fim de garantir que o EI e os seus afiliados em todo o mundo "sejam incapazes de reconstituir qualquer enclave territorial ou continuar a constituir uma ameaça".

Os ministros dos 83 países representados na reunião de Roma -- incluindo o português Augusto Santos Silva - dizem-se ainda "firmemente unidos" na indignação contra as atrocidades" cometidas pelos 'jihadistas', solidarizando-se com as famílias das vítimas do EI.

"O Daesh/EI já não controla o território e quase oito milhões de pessoas foram libertadas do seu controlo no Iraque e na Síria, mas a ameaça permanece", conclui o documento final da reunião de Roma.

A coligação -- que recebeu hoje novos membros, incluindo a República Centro-Africana, a República Democrática do Congo, a Mauritânia e o Iémen -- mostra-se empenhada em garantir o combate contra o movimento 'jihadista' em diferente continentes e regiões, em particular na África subsaariana, onde o EI "ameaça a segurança e a estabilidade", dando o exemplo dos recentes acontecimentos no norte de Moçambique.

"A coligação está empenhada em trabalhar com os países afetados, para enfrentar as ameaças representadas pelo Daesh/EI em África, para garantir a derrota global e duradoura da organização com o consentimento prévio dos países em causa e em total respeito com o direito internacional", pode ler-se no comunicado divulgado hoje a partir de Roma.

Dessa forma, e sob proposta do chefe da diplomacia italiana, a coligação decidiu criar um grupo de trabalho para combater o movimento 'jihadista' na África subsaariana, tendo adjudicado, para já, a tarefa de avaliar uma estratégia para "conter as ameaças" do EI nessa região.

A coligação mostra-se ainda determinada em erradicar a presença do EI na Síria e no Iraque, onde reconheceu a presença de cerca de 10.000 combatentes daquele grupo, "comprometendo-se a encontrar mecanismos eficazes de justiça e de responsabilização em estreita coordenação com os países de origem".

"Isso também inclui a responsabilização dos combatentes que usaram a violência sexual como instrumento de terror", diz o comunicado da coligação internacional, prometendo "promover todos os esforços para garantir que terroristas acusados, incluindo os que são de nacionalidade estrangeira, sejam tratados de forma adequada e julgados de forma consistente com as obrigações do direito internacional".

Finalmente, os ministros dos Negócios Estrangeiros reafirmaram a sua intenção de realizar a próxima reunião ministerial da coligação global em junho de 2022, bem como realizar uma reunião de diretores políticos temáticos, em Bruxelas, no outono deste ano.

Leia Também: Blinken diz que ainda há dez mil combatentes do Estado Islâmico na Síria

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