Fonte policial de Jammu revelou à agência EFE que se for provado que o ataque foi realizado com recurso a 'drones' (aeronaves não tripuladas) será "um motivo de preocupação", porque mostra uma mudança na forma de atuação no território.
A mesma fonte, que se manteve no anonimato, explicou que as duas explosões ocorreram na base aérea próxima do aeroporto de Jammu, a primeira por volta das 01:30 de hoje (20:30 de Lisboa) e a segunda poucos minutos depois, numa área aberta.
"A primeira explosão arrancou o telhado de um edifício numa área técnica do aeroporto da Força Aérea Indiana (IAF, na sigla em inglês)", salientou.
Dois membros da IAF ficaram feridos na sequência do ataque.
O porta-voz do Exército em Jammu, Davinder Singh, destacou à agência EFE que os autores utilizaram uma "plataforma aérea" para realizar o ataque, sem concretizar de que forma.
"É o primeiro ataque deste tipo que registamos", acrescentou Davinder Singh.
Várias fontes indicaram que não há aviões de combate no aeroporto de Jammu e que esta base apenas possui helicópteros Mi17 e vários aviões de transporte.
Horas depois do ataque, a polícia anunciou a detenção de dois suspeitos que se encontravam nas imediações da base área e apreenderam um dispositivo explosivo artesanal na posse de um dos detidos.
Este ataque acontece após o primeiro-ministro indiano Narendra Modi ter prometido restaurar o estatuto de Estado de Caxemira, dissolvido há quase dois anos, após uma reunião de líderes pró-Índia da Caxemira na quinta-feira.
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