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Etiópia: EUA elogiam eleições num processo que não foi livre nem justo

O secretário de Estado norte-americano, Antony J. Blinken, elogiou hoje os etíopes que exerceram o seu direito de voto na segunda-feira, num processo que reconheceu não ter sido livre nem justo para todos.

Etiópia: EUA elogiam eleições num processo que não foi livre nem justo
Notícias ao Minuto

18:03 - 25/06/21 por Lusa

Mundo Etiópia

"A democracia floresce quando as instituições de governação são inclusivas, transparentes, responsáveis e recetivas ao seu povo", referiu, através de uma declaração, a propósito das eleições na Etiópia, que se realizaram na segunda-feira e cujos resultados ainda não foram divulgados.

Blinken considerou que estas eleições "tiveram lugar num contexto de grande instabilidade, incluindo o aumento dos conflitos interétnicos e intercomunitários, e um processo eleitoral que não foi livre nem justo para todos os etíopes".

"O boicote às eleições pelos partidos da oposição, a detenção de líderes políticos vocais, e a violência em curso em múltiplas partes do país sublinham a necessidade de lançar um esforço inclusivo para construir um consenso nacional sobre a governação da Etiópia que preserve a soberania e unidade do Estado e reforce a ordem constitucional", prosseguiu o secretário de Estado norte-americano.

Para o período pós-eleitoral, Blinken considera "fundamental que os etíopes se juntem para enfrentar as divisões crescentes".

"Instamos os políticos e os líderes comunitários a rejeitarem a violência e a absterem-se de incitar outros à violência", disse.

E acrescentou: "Os Estados Unidos estão prontos a ajudar os etíopes a fazer avançar o diálogo pós-eleitoral, a resolução de conflitos, e a reconciliação nacional na Etiópia".

"O conflito em curso, a violência e a provável declaração de fome em Tigray exigem uma ação urgente, incluindo um cessar-fogo, a retirada das forças eritreias do território etíope, a investigação transparente das atrocidades, e o acesso humanitário sem entraves às populações necessitadas", defendeu.

O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, Prémio Nobel da Paz em 2019, lançou uma intervenção militar em 04 de novembro para derrubar a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF), o partido eleito e no poder no estado, e declarou a vitória em 28 de novembro, ainda que os combates continuem.

O Exército federal etíope foi apoiado por forças da Eritreia. Depois de vários dias, Abiy Ahmed declarou vitória em 28 de novembro, com a captura da capital regional, Mekele, frente à TPLF, partido que, até à chegada de Abiy Ahmed, controlou a Etiópia durante quase 30 anos.

No entanto os combates continuaram e as forças eritreias são acusadas de conduzirem vários massacres e crimes sexuais.

Na quarta-feira, um ataque aéreo que atingiu um mercado na região matou pelo menos 64 pessoas, segundo fontes médicas.

Leia Também: Etiópia: Três membros dos Médicos Sem Fronteiras mortos em Tigray

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