Câmara dos Representantes avança com investigação a ataques ao Capitólio
A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, revelou que está a formar uma nova comissão para investigar o ataque ao Capitólio, em 06 de janeiro, revelaram fontes ligadas ao processo.
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Este anúncio foi feito a outros congressistas durante uma reunião privada e Nancy Pelosi não acrescentou mais detalhes, revelou à AP uma fonte sob condição de anonimato.
Esta comissão surge após os republicanos no Senado terem bloqueado a legislação que permitiria formar uma comissão bipartidária independente para investigar os ataques dos apoiantes do antigo presidente norte-americano, Donald Trump.
No início do mês, Nancy Pelosi revelou que a Câmara dos Representantes iria intensificar as investigações sobre a violenta invasão do Capitólio por uma multidão que tentava impedir a validação da vitória eleitoral de Joe Biden.
Uma das opções é uma comissão seletiva sobre o ataque de 06 de janeiro, uma configuração que colocaria a maioria dos democratas no comando.
Mais de três dezenas de republicanos na Câmara dos Representantes e sete republicanos no Senado querem evitar uma investigação partidária e apoiam uma lei para criar uma comissão bipartidária independente fora do Congresso.
No entanto, os números não foram suficientes para superar a oposição dentro do partido Republicano no Senado, onde é necessário um apoio de dez republicanos para aprovar a maioria dos projetos.
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, destacou que pode realizar uma segunda votação, após a legislação ter sido chumbada no mês passado, embora não haja garantias de que haverá o apoio necessário de três republicanos adicionais.
A maioria dos republicanos tem deixado claro que pretende seguir em frente em relação ao ataque de 06 de janeiro e deixar de lado as muitas perguntas sem resposta, incluindo como é que o Governo e as forças de segurança ignoraram informações sobre a preparação do tumulto e qual o papel de Trump antes e durante o ataque.
Na semana passada, 21 republicanos votaram contra a entrega de medalhas de honra à Polícia do Capitólio e à Polícia Metropolitana, pelos serviços prestados no dia dos ataques.
Dezenas daqueles polícias sofreram ferimentos, incluindo queimaduras, lesões cerebrais e fraturas.
Sete pessoas morreram durante e após os distúrbios, incluindo quatro apoiantes de Trump e dois polícias, que cometeram suicídio nos dias que se seguiram.
Um terceiro oficial de polícia do Capitólio, Brian Sicknick, desmaiou e morreu depois de se envolver com os manifestantes, mas um médico determinou que este morreu de causas naturais.
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