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Organizações lançam plataforma para emergência forense no México

Três organizações humanitárias internacionais lançaram hoje uma plataforma digital, chamada identificacionhumana.mx, para trabalhar na identificação de milhares de pessoas mortas cuja identidade se desconhece, indicaram em comunicado.

Organizações lançam plataforma para emergência forense no México
Notícias ao Minuto

18:36 - 22/06/21 por Lusa

Mundo México

O Alto Comissariado para os Direitos Humanos (ACDH) das Nações Unidas no México, a delegação para o México e América Central do Comité Internacional da Cruz Vermelha e o projeto Fortalecimento do Estado de Direito da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável uniram forças perante aquilo que qualificaram como uma "emergência forense".

De acordo com a nota, uma das principais causas desta emergência é a falta de um consenso técnico sobre as práticas de identificação humana, pelo que, através da plataforma, vão ser usadas as melhores práticas para "reduzir o atraso e oferecer certezas às famílias", referiram.

"Resolver o destino e paradeiro das pessoas desaparecidas é um desafio diário que requer mecanismos eficazes e coordenados de busca, assim como processos forenses de qualidade que contemplem a participação das famílias", acrescentaram.

Os organismos explicaram que o "sério desafio" que o México enfrenta neste sentido requer uma colaboração adequada entre as instituições "relacionadas com a procura das pessoas, as procuradorias" e a participação de "peritos, académicos, grupos e familiares".

Além disso, consideraram também imprescindível o fornecimento de recursos humanos, materiais e económicos.

"O Estado deve garantir a restituição de todos os direitos das pessoas desaparecidas e dos seus familiares que, durante anos, aguardaram o regresso dos seus entes queridos, incluindo o seu direito a ter uma identidade", afirmou Guillermo Fernández-Maldonado, representante do ACDH no México.

Atualmente, segundo os dados oficiais, existem cerca de 39.000 corpos não identificados em serviços de medicina legal ou enterrados de forma anónima em cemitérios públicos nos 32 estados do país.

Além disso, até 2019, 3.631 sepulturas clandestinas foram localizadas, de onde foram exumados 1.124 corpos entre 2018 e 2019.

Nos últimos 15 anos, desde 2006, o país contabiliza 89.051 pessoas desaparecidas.

A guerra contra o narcotráfico iniciada pelo México em 2006 pelo então Presidente Felipe Calderón (2006-2012) ainda não acabou e as vítimas são geralmente homens e mulheres jovens.

Outro grande problema não resolvido no país é o tráfico de pessoas, que, em muitos casos, está relacionado com o narcotráfico.

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