Casos na Cornualha disparam após G7 mas Downing Street não culpa cimeira
O aumento dos casos na região é associado a diversos fatores.
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Mundo Coronavírus
O governo britânico negou esta segunda-feira que a cimeira do G7 tenha contribuído para uma rápida propagação de casos na Cornualha, refere o The Guardian. A incidência acumulada na Cornualha e nas ilhas de Scilly subiu de 4.9 casos por 100 mil habitantes no dia 3 de junho para 130.6 casos por 100 mil habitantes no dia 16 de junho.
Surtos entre estudantes, assim como o impacto das viagens de pessoas de e para a Cornualha terão contribuído de forma significativa para o aumento dos casos.
Os surtos mais relevantes verificaram-se em Carbis Bay, onde decorreu a cimeira do G7, e em Saint Ives e Newquay West, onde muitos representantes das delegações dos países do G7 ficaram hospedados.
Andrew George, um vereador da Cornualha, afirmou que o governo de Boris Johnson deve publicar um relatório de avaliação do risco da cimeira, um pedido que diz ter sido recusado por Downing Street.
“A correlação entre o G7 e o tsunami de casos de Covid-19 em Saint Ives/Carbis Bay e Falmouth é inegável”, assinalou em declarações à Press Association. “Devia levar os órgãos públicos a pelo menos manterem a mente aberta quanto à ligação entre as duas coisas”, acrescentou Andrew George, que pede responsabilização pelas decisões tomadas.
No entanto, um porta-voz de Boris Johnson descartou ontem essa ligação. “Estamos confiantes que não houve casos de transmissão para os habitantes. Todos os que participaram na cimeira foram testados, todos os que estiveram envolvidos em trabalhos relacionados com a cimeira foram testados”, realçou o porta-voz do primeiro-ministro britânico.
Porém, registaram-se infeções na polícia, em locais que receberam eventos e num acampamento onde estiveram manifestantes em Saint Ives, o que fez soar o alarme de que esta subida dos casos esteja associada a pessoas indiretamente ligadas à cimeira do G7.
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