Moçambique/Ataques: Unicef aumenta para 81 milhões apelo humanitário

O Unicef aumentou o valor do apelo humanitário para Moçambique de 52 milhões de dólares (44 milhões de euros) para 96,5 milhões de dólares (81 milhões de euros) e as vítimas da violência armada estão entre as prioridades.

Moçambique/Ataques: Unicef aumenta valor de apelo humanitário para 81ME

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Lusa
22/06/2021 12:34 ‧ 22/06/2021 por Lusa

Mundo

Unicef

"Será necessário mais apoio da comunidade internacional para responder adequadamente às necessidades da população afetada nas províncias do Norte e para continuar a apoiar as pessoas afetadas por desastres naturais que ocorreram no centro de Moçambique", disse Maria Luisa Fornara, representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), citada numa nota da entidade.

Segundo o Unicef, do valor total, 55,7 milhões de dólares (46,7 milhões de euros) serão canalizados para os deslocados devido à violência armada em Cabo Delgado, 46% dos quais são crianças.

"Muitas crianças sofreram traumas profundos. Se não forem tratadas, poderão tornar-se um fator para uma crise longa e prolongada que poderá rapidamente alastrar a outras áreas", referiu o Unicef no documento.

Para a agência das Nações Unidas, a situação humanitária em Moçambique "deteriorou-se significativamente" desde o início do ano, face aos contínuos ataques em Cabo Delgado, surtos de doenças transmissíveis e o impacto do ciclone Eloise.

De acordo com o Unicef, mais de 300.000 crianças em idade escolar estão deslocadas e dependem da escolarização de emergência, estimando-se que 33.000 estejam a sofrer de desnutrição potencialmente fatal.

Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.800 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 732.000 deslocados de acordo com a ONU.

Ainda segundo a ONU, mais de 900.000 pessoas estão sob insegurança alimentar severa em Cabo Delgado e as comunidades de acolhimento estão também a precisar urgentemente de abrigo, proteção e outros serviços.

Leia Também: OIT e Unicef alertam para aumento do trabalho infantil na América Latina

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