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Erdogan acredita no início de uma "nova era" nas relações com os EUA

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse hoje que o encontro com o homólogo norte-americano, Joe Biden, em 14 de junho permitiu a abertura de uma "nova era" entre os dois países, após anos de tensão.

Erdogan acredita no início de uma "nova era" nas relações com os EUA
Notícias ao Minuto

18:54 - 21/06/21 por Lusa

Mundo Turquia

"Acreditamos que abrimos as portas para uma nova era com os Estados Unidos numa base positiva e construtiva. O único pedido da Turquia [a Washington] é que a sua soberania económica e política seja respeitada e seja apoiada na luta contra organizações terroristas", disse Erdogan aos jornalistas, após presidir uma reunião do seu gabinete.

O líder turco expressou o desejo de aproveitar o "clima positivo" que caracterizou o encontro com Biden para "fortalecer os canais de diálogo" entre os dois países.

Os dois dirigentes encontraram-se em 14 de junho, paralelamente à cimeira da NATO em Bruxelas, pela primeira vez desde que Biden assumiu o cargo.

Várias áreas de desacordo entre Ancara e Washington tinham prejudicado as relações: desde a compra do sistema de defesa antiaérea russo S-400 pela Turquia, ao apoio norte-americano às milícias curdas na Síria, incluindo a recusa dos EUA de extraditar o teólogo Fethullah Gülen, acusado de orquestrar a tentativa de golpe de estado de 2016 contra Erdogan.

Como resposta à entrega à Turquia da primeira bateria do sistema de defesa antiaérea russo S-400, em 2019, os Estados Unidos excluíram Ancara do programa de produção do avião furtivo F-35, argumentando que os mísseis russos poderiam desvendar os segredos tecnológicos e eram incompatíveis com os dispositivos da NATO.

Desde então, a Turquia continuou a pedir a Washington a reintegração neste programa, alegando que a utilização dos S-400 não teria impacto nos sistemas de defesa da NATO.

As relações turco-americanas deterioraram-se desde que Joe Biden substituiu Donald Trump, aliado de Erdogan, na Casa Branca, em janeiro.

Biden reconheceu o genocídio arménio por parte do império otomano durante a I Guerra Mundial, irritando Ancara.

Durante a reunião em Bruxelas, Erdogan discutiu também com o homólogo norte-americano as modalidades de uma possível manutenção das forças turcas presentes no Afeganistão, após a retirada das tropas norte-americanas e da NATO prevista para setembro.

Nesse sentido, Washington saudou, em 17 de junho, o "claro compromisso" da Turquia de desempenhar um "papel-chave" na segurança do aeroporto de Cabul, após a partida das tropas norte-americanas e estrangeiras.

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