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Paris recorda "preocupações" com direitos ao novo Presidente iraniano

A França disse hoje que "tomou nota" da eleição do ultraconservador Ebrahim Raissi à Presidência do Irão, lembrando a sua "preocupação" com os direitos humanos e a "mobilização total" para salvar o acordo sobre energia nuclear.

Paris recorda "preocupações" com direitos ao novo Presidente iraniano
Notícias ao Minuto

18:37 - 21/06/21 por Lusa

Mundo Ebrahim Raissi

"Lembramos as preocupações que expressamos regularmente em relação à situação dos direitos humanos no Irão e dos nossos cidadãos detidos neste país, que continuaremos a acompanhar de perto", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Agnes Von der Muhll.

O novo Presidente iraniano, eleito na sexta-feira, garantiu hoje sempre ter "defendido os direitos humanos", enquanto os Estados Unidos e várias organizações ocidentais o acusam de tortura e de execuções sumárias durante o seu longo mandato nos serviços judiciários.

Dois franceses - o investigador Fariba Adelkhah e o turista Benjamin Brière - estão detidos no Irão, tal como uma dezena de outros ocidentais, acusados de espionagem e de ameaçarem a segurança do Estado, o que refutam.

"Reafirmamos o nosso desejo de um regresso à plena implementação do acordo nuclear de Viena, para o qual a diplomacia francesa está totalmente mobilizada", acrescentou Agnes von der Mühll.

Durante a campanha presidencial, Raissi lembrou que a prioridade do seu país é obter o levantamento das sanções americanas.

O acordo sobre o programa nuclear iraniano ficou fragilizado, em 2018, com a decisão do ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar unilateral, acusando Teerão de não cumprir os seus termos.

Com a chegada de Joe Biden à Casa Branca, em janeiro passado, as negociações foram retomadas para salvar o acordo.

Nessas conversas, em Viena, os ocidentais exigem, além do regresso ao respeito pelo acordo, cedências sobre o programa balístico iraniano e sobre a influência regional do Irão, que consideram desestabilizadora para uma série de países na região.

Leia Também: Irão: Presidente eleito promete governo "revolucionário e anticorrupção"

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