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Eleições regionais. Mais de 60% dos franceses podem escolher não ir votar

Os franceses são chamados às urnas no dia 20 e 27 de junho para as eleições regionais e departamentais, mas muitos podem optar por não ir, apesar de estas eleições permitirem já antecipar a grande batalha presidencial de 2022.

Eleições regionais. Mais de 60% dos franceses podem escolher não ir votar
Notícias ao Minuto

23:09 - 18/06/21 por Lusa

Mundo França

Uma sondagem do Ifop, centro de estudos de opinião francês, publicado na sexta-feira mostrou que cerca de 60% dos inquiridos não tencionam votar nas eleições no domingo e entre os principais motivos está o desinteresse pela política e descontentamento em geral pelo estado do país.

Um outro estudo, do centro Elabe, mostra que a abstenção pode mesmo ir até aos 64%. Em 2015, as últimas eleições regionais estabeleceram um recorde de abstenção com 50,09% dos franceses a escolherem não votar.

Em França há 18 regiões que contêm 101 departamentos e estas eleições servem para eleger os conselheiros regionais. Mesmo sem uma verdadeira autonomia das regiões, estas entidades administrativas têm alguma autonomia nos domínios dos transportes, da educação, especificamente dos liceus, assim como parte da formação profissional e grande parte da ação social.

Devido ao seu peso político e populacional, com mais de 12 milhões de habitantes a região de Île de France, que envolve Paris, é um dos campos de batalha mais importantes. 

Em posição destacada está Valérie Pécresse, candidata independente mas até 2019 do partido de direita Les Republicains. Pécresse é a atual presidente da região e uma possível candidata à direita contra Emmanuel Macron nas eleições presidenciais de 2022. 

Para o partido do Presidente, La Republique en Marche, este é um teste para a sua popularidade já que nas presidenciais de 2017, esta foi uma das regiões que mais votou para pelo Presidente.

Outra batalha da noite acontece em Hauts de Seine, no Norte da França. No centro-direita está outro potencial candidato às presidenciais, Xavier Bertrand, que está atualmente à frente da região. Do lado do partido do Presidente está Laurent Pietraszewski, secretário de Estado das Reformas, mas ajudado por Éric Dupond-Moretti, ministro da Justiça, candidato em Pas de Calais.

Esta é uma região onde em 2015 Marine Le Pen chegou à segunda volta, mas viu a sua vitória barrada por uma frente republicana que juntou a esquerda a Xavier Bertrand. Portanto, com Sébastien Chenu, candidato da União Nacional, o partido tenta novamente a sua sorte.

A região PACA, Provença-Alpes-Costa Azul, foi palco de uma disputa pré-eleitoral que quase estragou a coligação entre a direita e o Le Republique en Marche, mas um acordo foi encontrado antes da entrega oficial das listas.

Com o peso da extrema-direita a ensombrar estas eleições, assim como a surpresa que os ecologistas podem trazer após um bom desempenho nas eleições municipais do ano passado, a participação é um fator que vem acrescentar suspense a estas eleições.

A segunda volta acontece no dia 27 de junho e mantêm-se na corrida todas as litas que conseguirem mais de 10%, podendo haver coligações entre listas que obtenham mais de 5% do escrutínio. Onde houver listas com mais de 50% dos votos não haverá segunda volta.

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