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Amnistia preocupada com impunidade da violência policial na Tunísia

A Amnistia Internacional (AI) manifestou-se hoje "preocupada" com a "persistente impunidade" gozada por agentes da polícia que são culpados pelos abusos cometidos há dez anos durante a revolução na Tunísia.

Amnistia preocupada com impunidade da violência policial na Tunísia
Notícias ao Minuto

22:53 - 18/06/21 por Lusa

Mundo Amnistia Internacional

Num comunicado divulgado em Tunes, a Amnistia critica também a recente onde de violência policial que provocou a morte, em "circunstâncias suspeitas", do jovem Ahmed Ben Amara, pouco depois de ter sido detido a 08 deste mês, o que desencadeou atos de violência no bairro popular de Sidi Hassine, em Tunes.

A violência e os confrontos entre populares e a polícia também se estenderam ao bairro de Ettadhamen, também na capital tunisina, já abalado por distúrbios semelhantes no inverno passado. 

Nos últimos dias, Tunes tem sido palco de manifestações de protesto contra a violência policial.

Hoje, cerca de meia centena de pessoas marcharam pelo centro de Tunes, gritando palavras de ordem como "Dignidade e Liberdade para os Bairros Pobres" da capital da Tunísia.

"As gerações anteriores habituaram-se ao silêncio e à injustiça, mas não vamos mais continuar em silêncio", disse Dhia Ayari, uma manifestante de 22 anos, citada pela agência noticiosa France-Presse (AFP).

No comunicado, a Amnistia exortou as autoridades tunisinas a proceder a uma "investigação imparcial e eficaz" sobre as circunstâncias suspeitas da morte de Ahmed Ben Amara.

A AI destacou que os agentes responsáveis pela prisão do jovem ainda estão na esquadra de Sidi Hassine. 

"Os relatos de que testemunhas foram intimidadas são muito perturbadores", disse Amna Guellali, vice-diretora da Amnistia para o Oriente Médio e Norte da África.

"Esta é a primeira vez nos últimos anos de investigação (...) na Tunísia que encontramos tantas pessoas com medo de falar com uma organização de direitos humanos", frisou.

Na Tunísia, mais de dez anos após o fim do regime ditatorial de Zine el-Abidine Ben Ali, as forças de segurança tunisinas deixaram de ter um poder discricionário, mas as reformas encetadas não têm conseguido conter os abusos, que raramente são objeto de processos judiciais.

Leia Também: Tunísia admite situação "muito crítica" e eleva alerta sanitário

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