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Myanmar: ONU alerta para a grave deterioração dos direitos humanos

As Nações Unidas em Myanmar (antiga Birmânia) lamentaram hoje a grave deterioração dos direitos humanos no país após a descoberta de duas valas comuns com 25 corpos e um incêndio criminoso numa aldeia.

Myanmar: ONU alerta para a grave deterioração dos direitos humanos
Notícias ao Minuto

16:52 - 17/06/21 por Lusa

Mundo Myanmar

Em nota, a ONU assinalou que os 25 mortos teriam sido detidos anteriormente pela Organização de Defesa Nacional Karen, grupo armado de etnia Karen que enfrentou a junta miliar que assumiu o poder em 01 de fevereiro, após golpe de Estado.

O organismo referiu ainda o incêndio de mais de 150 casas numa aldeia na região de Magway, na zona central do país, um ataque atribuído esta semana ao Exército birmanês.

"As Nações Unidas em Myanmar reiteram o apelo a todos os atores na atual crise a respeitar as normas dos direitos humanos internacionais", disse a ONU, que pediu proteção para os civis e responsabilização dos autores dos ataques.

Na quinta-feira, a Força de Defesa do Povo Karen, uma milícia civil que se opõe à junta militar em Myanmar, declarou um cessar-fogo temporário devido à crise humanitária provocada pelos mais de 100.000 deslocados no estado de Kayah, no leste do país. 

A decisão, tomada a pedido de organizações civis e líderes religiosos, foi tomada depois de as Nações Unidas terem alertado para a dramática situação dos deslocados, incluindo crianças, devido à falta de alimentos, medicamentos e abrigo

Ainda hoje, a ONU anunciou que mais de 200 mil birmaneses tiveram de abandonar os seus locais de residência devido aos confrontos entre o exército, milícias civis e grupos de guerrilha.

Após mais de quatro meses desde o golpe militar que pôs fim à jovem democracia em Myanmar, o exército não conseguiu tomar controlo de todo o país, apesar da repressão brutal contra a oposição ao comando militar.

Pelo menos 865 pessoas perderam como consequência da violência desencadeada pelas forças de segurança, segundo dados da Associação de Assistência a Presos Políticos (AAPP).

O exército birmanês justificou o golpe alegando uma suposta fraude nas eleições de novembro passado, em que o partido liderado por Ang San Suu Kyi venceu confortavelmente, tal como em 2015, e que foram consideradas legítimas por observadores internacionais.

Leia Também: Myanmar: Militares acusados de incendiarem aldeia no centro do país

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