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Departamento de Justiça dos EUA abandona processo contra Bolton

O Departamento de Justiça norte-americano abandonou o processo movido pelo anterior governo contra John Bolton, ex-assessor de Segurança Nacional, para procurar bloquear um livro da sua autoria sobre os bastidores da Casa Branca.

Departamento de Justiça dos EUA abandona processo contra Bolton
Notícias ao Minuto

07:13 - 17/06/21 por Lusa

Mundo Livro

A informação foi avançada por advogados de Bolton e confirmada por documentos judiciais.

Os procuradores também deixaram cair uma investigação à publicação do livro, disse quarta-feira um advogado de Bolton.

O governo de Donald Trump queria bloquear a distribuição do livro de Bolton, intitulado "The Room Where It Happened" ("A Sala Onde Aconteceu") e recuperar os exemplares que já tinham sido distribuídos.

O livro, divulgado pouco antes das eleições presidenciais, revelava um retrato cru, sem filtros, do comportamento de Trump nos contactos com líderes estrangeiros. Aí se descrevia, por exemplo, como Trump pediu ao presidente chinês, Xi Jinping, para o ajudar a conseguir a reeleição ou como pressionou o chefe de Estado da Ucrânia para promover investigações politicamente motivadas.

Os advogados do Departamento de Justiça, que tinham promovido o processo, argumentavam que o manuscrito continha informação classificada que poderia comprometer a segurança nacional e que Bolton, antigo embaixador dos EUA na Organização das Nações Unidas, falhou o processo de revisão pré-publicação concebido para prevenir a revelação de segredos governamentais.

Na quarta-feira, o governo de Joe Biden entregou um documento em tribunal federal para a anulação do processo, acabando formalmente a disputa judicial que durava há um ano.

"Estas ações representam a admissão total da inocência do embaixador Bolton e o repúdio da tentativa de Donald Trump, sob pretexto de proteger informação classificada, primeiro de suprimir a publicação do livro e depois, quando isto falhou em tribunal, de punir o embaixador", disse a porta-voz de Bolton, Sarah Tinsley.

Segundo os advogados de Bolton, uma dirigente do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, com quem Bolton tinha trabalhado durante meses, assegurou que o manuscrito não continha informação classificada.

Esta dirigente, Ellen Knight, descreveu, em carta entregue ao tribunal em setembro, como os dirigentes do governo de Trump exerceram, de forma repetia, pressão política para procurar impedir a publicação do livro. O seu texto descreveu um processo pouco habitual de táticas de adiamento e manobras legais.

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