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Camfed agradece prémio pela "oportunidade" de continuar ação em África

A Campanha de Educação Feminina (Camfed), galardoada hoje com o Prémio Princesa das Astúrias 2021 para a Cooperação Internacional, agradeceu a distinção pela "oportunidade" que oferece para continuar a apoiar raparigas e mulheres em África.

Camfed agradece prémio pela "oportunidade" de continuar ação em África
Notícias ao Minuto

18:17 - 16/06/21 por Lusa

Mundo Prémio Princesa das Astúrias

"Estamos muito entusiasmados. Estamos muito gratos por esta oportunidade, que significará mais opções para as raparigas frequentarem a escola, especialmente neste momento, em que existe tanta incerteza devido à covid-19", disse Lydia Wilbard, diretora nacional da organização na Tanzânia, um dos países africanos onde opera, citada pela agência Efe.

A Camfed foi distinguida hoje, em Oviedo, Espanha, com o Prémio Princesa das Astúrias para a Cooperação Internacional 2021, pela ação desenvolvida em África para erradicar a pobreza.

O júri realçou que, há mais de duas décadas, a organização não-governamental (ONG) tem contribuído para a transformação social para resolver a exclusão e facilitar o acesso de milhões de raparigas à educação, assim como ao "empoderamento" das jovens mulheres na África subsaariana.

O trabalho da Camfed, baseado num modelo de apoio contínuo desde a infância até à idade adulta e numa rede de solidariedade e ajuda entre gerações, tem promovido "uma mudança sistémica baseada nos pilares da equidade e justiça social e está empenhada na liderança das mulheres".

A ONG pan-africana foi fundada em 1993 para ajudar a erradicar a pobreza na África subsariana, através da educação das raparigas e mulheres jovens mais vulneráveis.

Atualmente, a Camfed trabalha com mais de 6.700 escolas parceiras no Zimbabué, Zâmbia, Gana, Tanzânia e Maláui e, desde a sua fundação, já ajudou mais de cinco milhões de crianças a frequentar a escola.

Com o prémio de 50.000 euros, Wilbard espera continuar a "libertar o potencial que as raparigas têm e contrariar alguns dos desafios que a pandemia trouxe, em relação ao encerramento de escolas e à falta de comunicação".

"Não se trata de nós. Trata-se do que queremos fazer com este prémio: continuar a colocar raparigas e mulheres na linha da frente, porque vimos o impacto que têm quando lideram", sublinhou a diretora.

De acordo com Wilbard, desde o lançamento do programa na Tanzânia em 2006, o número de mulheres beneficiadas aumentou de 28 para um total de 29.000 só naquele país da África Oriental.

Fundada por Ann Cotton em 1993, o consórcio internacional de nove organizações em África, Austrália, Estados Unidos da América, Canadá e Reino Unido tem mais de 330 colaboradores e quase 150.000 voluntários a trabalhar no terreno nesses cinco países.

A Camfed estabeleceu como objetivo para o período entre 2021 e 2025 prover educação primária e secundária a mais cinco milhões de raparigas, assim como proporcionar um caminho seguro para a formação profissional e busca de emprego a 280.000 mulheres, e apoiar mulheres empresárias na criação de mais 150.000 empregos.

Leia Também: Educação Feminina em África recebe Prémio Princesa das Astúrias

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