O primeiro a retirar a sua candidatura foi Mohsin Mehralizadeh, antigo vice-presidente e um dos dois reformistas a concorrer às presidenciais.
Inicialmente, a informação foi avançada pela agência de notícias oficial Irna, que não citava fonte, tendo mais tarde sido confirmada por um porta-voz da campanha de Mehralizadeh.
O porta-voz não deu qualquer explicação, indicando que um comunicado oficial ia ser difundido em breve, mas, ao princípio da tarde, nenhum documento tinha sido publicado.
Ignoram-se as razões de Mehralizadeh e não se sabe se vai apelar ao voto no outro candidato reformista, o tecnocrata Abdolhossein Hemmati, antigo governador do Banco Central do Irão.
Dos sete candidatos que concorriam inicialmente à sucessão do Presidente Hassan Rohani, Meharizadeh era o único que não conseguia mais do que 1% das intenções de voto, de acordo com o instituto de sondagens iraniano, Ispa.
O segundo candidato a retirar a candidatura foi o deputado Alireza Zakani, um dos cinco ultraconservadores na corrida às presidenciais, e que já apelou ao voto no chefe da Autoridade Judiciária, Ebrahim Raissi.
A informação sobre Zakani foi noticiada pelo portal da televisão de Estado.
Ultraconservador sem grande carisma, Raissi apresenta-se como inimigo da corrupção e defensor das classes mais carenciadas e é apontado como o favorito nas eleições do dia 18 de junho.
De acordo com as raras sondagens disponíveis no país, a abstenção pode ultrapassar os 57% registados nas legislativas de 2020.
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