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Saídas de migrantes da Grécia quase duplica em relação a chegadas

As saídas de requerentes de asilo e migrantes da Grécia para outros países quase duplicaram nos primeiros meses deste ano relativamente às chegadas, anunciou hoje o Ministério das Migrações grego.

Saídas de migrantes da Grécia quase duplica em relação a chegadas
Notícias ao Minuto

10:32 - 16/06/21 por Lusa

Mundo Migrações

Nesse período, 4.951 pessoas deixaram o país para ser realocadas noutros países da União Europeia ou foram transferidas ou deportadas para países terceiros.

Enquanto isso, e segundo o ministério, apenas 2.891 pessoas entraram na Grécia de forma ilegal, através das ilhas no mar Egeu ou da fronteira terrestre com a Turquia, cerca de 68% a menos do que no mesmo período do ano passado.

O número de requerentes de asilo que permanecem nas ilhas do Egeu também caiu para 10.289 pessoas, menos 71% do que no período entre janeiro e maio do ano passado.

Em todo o país, esse número caiu 42% em comparação com 2020.

O ministro da Migração, Notis Mitarakis, disse hoje que após o êxito na redução dos fluxos migratórios, o próximo passo é publicar para consulta pública nos próximos dias um projeto de lei que tente aumentar as deportações e devoluções.

A nova lei pretende reduzir ainda mais o acesso à proteção internacional da Grécia, permitindo que as autoridades fronteiriças não examinem em profundidade os pedidos de asilo das pessoas intercetadas durante a travessia.

Na prática, isso poderia legitimar uma política já em vigor, que levou várias organizações não-governamentais (ONG) e instituições internacionais a denunciar dezenas de devoluções sumárias ilegais no ano passado.

Além disso, o Ministério das Migrações assinou hoje um acordo com a Universidade do Egeu para investigar se, no seguimento do incêndio no campo de refugiados de Morria, na ilha de Lesbos, em setembro de 2020, o solo ou as águas da zona podem ter ficado contaminados.

Por seu lado, o ministério comprometeu-se a financiar a restauração completa dessa zona, na tentativa de apagar os vestígios de um dos maiores símbolos do fracasso da gestão migratória europeia.

Neste fim de semana, quatro afegãos acusados de fogo posto em Morria foram condenados a 10 anos de prisão por incêndio criminoso que pôs em risco a vida ou integridade física das pessoas.

Apesar de serem todos menores na altura dos factos, não foram reconhecidos fatores atenuantes.

O julgamento foi realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19 e não foi permitido o acesso à imprensa, nem a observadores internacionais.

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