Supremo eslovaco anula absolvição de acusado pela morte de jornalista
O Supremo Tribunal da Eslováquia contestou hoje a absolvição de um empresário acusado de ter sido o mentor do assassínio de um jornalista de investigação e da companheira deste.
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Mundo Eslováquia
A decisão do tribunal significa que o caso vai regressar ao tribunal criminal especializado em Pezinok, que em setembro de 2020 ilibou o empresário Marian Kocner e a coacusada Alena Zsuzsova de responsabilidade pela morte do jornalista.
O jornalista Jan Kuciak e a sua noiva, Martina Kusnirova, foram mortos a tiro em casa na cidade de Velka Maca, leste de Bratislava, em 21 de fevereiro de 2018.
Kocner ameaçou alegadamente o jornalista na sequência de uma reportagem sobre as suas atividades empresariais. No total, Kuciak publicou nove artigos sobre o empresário.
Kuciak apresentou uma queixa em 2017 sobre alegadas ameaças, e alegou que a polícia não atuou. Quando foi morto, estava envolvido numa investigação sobre uma relação entre o poder político e o crime organizado.
A morte violenta do jovem jornalista aos 27 anos motivou amplos protestos que forçaram à demissão do primeiro-ministro social-democrata Robert Fico, do seu ministro do Interior e do chefe da polícia.
Para além da procuradoria, também apelaram da decisão de absolvição os familiares das vítimas e um dos condenados, o ex-polícia Tomas Szabo, condenado a 25 anos de prisão por cumplicidade.
O outro acusado, Miroslav Marcek, foi condenado a 25 anos de prisão num julgamento separado e como o autor dos disparos que mataram os dois jovens.
Desde o contestado veredito de setembro que a procuradoria forneceu novas provas: uma análise de comunicações cifradas entre o empresário Marian Kocner e outras pessoas, incluindo Alena Zsuzsova, suposta intermediária entre Kocner e os autores materiais do crime.
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