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Palestinianos protestam contra marcha de ultranacionalistas israelitas

Cerca de um milhar de palestinianos protestaram hoje ao longo da zona fronteiriça entre a Faixa de Gaza e Israel contra a "Marcha das Bandeiras", um desfile de ultranacionalistas israelitas que se realiza hoje em Jerusalém.

Palestinianos protestam contra marcha de ultranacionalistas israelitas
Notícias ao Minuto

16:28 - 15/06/21 por Lusa

Mundo Israel

Fontes da segurança palestiniana e testemunhos presenciais citados pela agência noticiosa espanhola Efe indicaram que a maioria dos protestos, motivado pelo facto de os palestinianos considerarem a marcha da extrema-direita israelita uma provocação, ocorreu próximo da cerca fronteiriça a leste da cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, e na zona norte da cidade de Beit Hanun, no norte do enclave costeiro.

Segundo testemunhas, soldados israelitas destacados na zona fronteiriça lançaram granadas de gás lacrimogéneo e dispararam balas reais para dispersar os manifestantes que se acercavam da vedação da fronteira, embora não haja até agora notícia de feridos.

Entretanto, um grupo de ativistas palestinianos, membros das chamadas unidades perturbadoras noturnas, anunciou em comunicado que vai organizar protestos noturnos próximo das fronteiras com Israel.

As manifestações na Faixa de Gaza são um protesto contra a "Marcha das Bandeiras", que reivindica a soberania israelita sobre a Cidade Santa, já que celebra o que os israelitas consideram a reunificação da cidade em 1967, e, para os palestinianos, assinala o início da ocupação de Jerusalém Oriental, onde decorre a maior parte do desfile.

Os ativistas palestinianos também lançaram hoje balões incendiários a partir da Faixa de Gaza para o sul de Israel, provocando vários incêndios de pequenas dimensões, e ameaçaram continuar a fazê-lo durante a noite.

"Lançaremos balões e queimaremos pneus na área fronteiriça, em protesto pela marcha da bandeira israelita em Jerusalém", afirmou o grupo.

A organização Marcha do Retorno, que inclui várias fações palestinianas, também apelou para a realização de protestos na Faixa de Gaza contra a marcha da bandeira israelita.

A "Marcha das Bandeiras", convocada para as 17:30 locais (14:30 de Lisboa), obrigou as autoridades israelitas a aumentar a segurança, perante o risco de o desfile, organizado por jovens ultranacionalistas, desembocar em violência e provocar agressões a partir de Gaza, depois de o movimento islâmico Hamas ter apelado para um Dia da Ira, como retaliação.

A convocatória inicial desta marcha, para 10 de maio, Dia de Jerusalém, teve de ser suspensa, porque foi o detonador de uma nova onda de violência -- após dias de tensão, com cargas policiais e desalojamento de árabes -- entre as milícias da Faixa de Gaza, que lançaram foguetes sobre Israel, e o exército israelita.

A escalada do conflito, a mais grave desde 2014, terminou com um cessar-fogo ao fim de 11 dias, em que morreram 255 palestinianos na Faixa de Gaza e 13 pessoas em território israelita.

Leia Também: Hamas convoca Dia da Ira para amanhã em resposta a marcha israelita

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